sábado, junho 10, 2023

Sábado, 10.

Semana trágica para a Ucrânia. Em Kherson uma criminosa acção russa, destruiu a barragem de Kakhovka inundando um vasto território de 600 quilómetros levando casas, haveres, e causando a morte a pelo menos a dois cidadãos. Na região de Mikolaiv, no afluente do rio Dniepre, outra vítima e mais o desespero de 2200 pessoas que as autoridades tiveram de socorrer. Vi na TV uma ucraniana aflita à procura do seu cão e quando o encontrou, exclamou com ele nos braços: “Oh, (nome do bicho) estás aqui!” e na divisão ao lado, lamenta: “os meus livros como ficaram!” Um povo assim merece todo o nosso apoio, a par da dedicação aos animais, também o amor à cultura o engrandece. Ele é a linha forte que nos impede de ter a guerra na Europa. Glória a ele e à Ucrânia! Dito isto, no jogo sujo de quem cometeu aquela iniquidade, eu inclino-me perante as circunstâncias, para Putin – é próprio da sua natureza o desprezo pelo ser humano, pela vida seja qual for a sua forma e condição. 

         - Marcelo está em Peso da Régua, o local escolhido para festejar o Dia de Portugal. À chegada dos convidados, entre eles um tal Galamba, os populares vaiaram-no. O Presidente da República no discurso que fez este ano, justapôs uma metáfora: “É preciso cortarmos os ramos mortos, que atingem a árvore toda” referindo-se ao Governo socialista. Pois eu, se tivesse poder para isso, podava a árvore toda, deixando um único rebento na pessoa do ministro da Administração Interna, senhor José Luís Carneiro – é a única pessoa séria e competente deste executivo.   

         - Insisto para mim próprio: não desmereças da humanidade. Diante dos teus olhos, dois factos recentes o provam: aquele rapaz francês de 24 anos, de nome Henri, estudante de filosofia, católico, que anda em peregrinação pelo país a visitar as catedrais francesas, estando de passagem por Annecy, investiu com a única arma que possuía - a mochila -, contra um desvairado que havia entrado num parque infantil, atacando com arma branca várias crianças entre o 1 e 4 anos. Algumas estão hospitalizadas em estado crítico. Macron, à maneira francesa que Marcelo imita e bem, foi juntar-se às crianças e aos seus familiares. Dirigindo-se ao herói que com coragem enfrentou o criminoso, perguntou-lhe como lhe poderia agradecer. Henri, respondeu: “Apenas com um convite para a reabertura de Notre-Dame de Paris.” 

Desta vez estou convencido que se tratou de um milagre. Quatro crianças que estavam desaparecidas há 40 dias, na sequência da queda de um avião, onde viajavam com a mãe e outras pessoas (todas mortas), na floresta amazónica da Colômbia, foram encontradas com vida. Elas pertencem ao grupo indígena Uitoto e foram descobertas graças às insistentes buscas das autoridades que, para tal, gravaram uma mensagem da avó para os netos. Os altifalantes foram colocados na aeronave, e as crianças, entre os 11 meses, 4, 9, 13 anos, ouviram a voz da anciã e esperaram que as fossem resgatar. No tempo que passaram sós na floresta, comiam o que viam a avó comer. Foi graças a este método que sobreviveram. Bela história. 

         - Bruxelas anunciou que a UE entrou em recessão. Portugal diz estar livre deste zorrague. É mentira como é falso tudo o que o actual governo diz. Amanhã explicarei por que digo isto. Os portugueses sabem na pele que estão em recessão, basta perguntar a qualquer daquelas meninas que têm a caixa dos supermercados, elas sabem mais e profundamente de finanças que o sacristão de Costa. 

         - Fui esta manhã ao mercado dos pequenos agricultores, em Pinhal Novo. Tenho lá três valentes vendedoras a quem compro tudo o que necessito. Nunca sei os seus nomes e, portanto, invento um para cada uma todas as semanas. Hoje deu-me para chamar a uma mulher baixa, sempre vestida de negro, semblante alarmista onde o sofrimento se instalou e ela aproveita para montar um carácter variante, senhora Umbelina. O filho que trabalha com ela, logo desatou a chamar-lhe assim, e as freguesas que eram uma meia dúzia, achando graça, diziam: “Dona Umbelina, um quilo de cebolas” e assim. Às tantas, toda gente que se aproximava, chamava pela senhora Umbelina. A visada, chateada, atira: “Vão todas para o c. mais a Umbelina”. Zarpei.