segunda-feira, fevereiro 27, 2023

Segunda, 27.

Luís Montenegro não me convence minimamente – é igualzinho a Costa, Sócrates, às queques do BE e assim. Possui a mesma argumentação, os mesmos esgares, as mesmas cumplicidades, os mesmos jogos, as mesmas mentiras, o marimbando-se para o país, um forte interesse pelos negócios e as negociatas. (Helder, costuma dizer-me o Simão: com essa liberdade, não encontrarás editor que queira editar-te - e eu ralado.)

         - Mais um triste acidente que condenou à morte pelo menos 59 migrantes ao largo de Itália. A embarcação trazia entre 150 e 200 fugitivos da miséria da Somália, Afeganistão e Paquistão. 

         - Ontem e sábado passado, foram dias de despejo de professores e outras associações nas ruas em protesto contra a norma de José Sócrates que continua a sua vidinha de subterfúgios na Ericeira, ao sol, a barriga dilatada de percebes, camarões, santolas assente nas pernas finas de caranguejo; enquanto os docentes acampam em frente ao Parlamento há três noites gélidas e outros revoltados reclamam aumentos para fazer face ao custo de vida que não pára de aumentar. 

         - Esta questão levanta uma outra: a diversidade hoje de sindicatos. Coisa que não satisfaz de maneira nenhuma as centrais tradicionais, associadas aos partidos PS, PCP, PSD. Estas e sobretudo a Intersindical, costumavam utilizar os trabalhadores para lutas que não lhes diziam respeito. Impunham estratégias, forçavam acções, baralhavam a actividade política de quem estava no poder, traduzindo todo este funcionamento marginal em benefícios partidários. Os trabalhadores perceberam, tarde, o engodo e embarcaram à descoberta de gente que melhor traduzisse os seus interesses de classe. O cenário agora é diverso e os sindicatos irmãos dos partidos, vão ter muita dificuldade em impor os seus slogans velhos e relhos.        

         - O Governo do PS, claro, quer criar um regime de isenção sobre as mais-valias das vendas de imóveis ao Estado e municípios. Para isso, não se importa de onde vem o dinheiro de particulares e empresas, indo ao ponto de isentar até os fundos e offshores. Esta medida, para eles dramática, pretende responder à crise habitacional cumprindo, enfim, a Constituição que dá o direito a cada português possuir casa... A especulação imobiliária entrou em festa.