domingo, fevereiro 05, 2023

Domingo, 5.

O patriarca da Assembleia da República, ex-MRPP, diz e bem, “o avanço da extrema-direita será comparável a uma doença que progride, enfraquece e pode ser fatal para o regime político característico dos países da União Europeia: a democracia liberal e de forte cunho social”. Pois é. De quem é a culpa? Quando a dita esquerda labora programas de direita e ao jeito do capitalismo mais duro e constrói corrupção em catadupa e desarma os trabalhadores com ordenados e miséria enquanto aos ditos gestores oferece salários escandalosos e ainda por cima bónus que não se assemelham, nem de perto nem de longe, aos que sua excelência o senhor António Costa mandou distribuir pelos pobres que trabalham de sol a sol, a chamada extrema-direita que, todavia, está no Parlamento a defender melhor e mais acintosamente o seu programa, só pode medrar. Não que tenha ideias, um projeto decente e judicioso, mas sabe montar e bem nos desastres produzidos pela esquerda ou esquerdas. Esta, vergonhosamente, está há dois meses para resolver o problema criado por outro grande socialista de seu nome José Sócrates com os professores e nada conseguiu até hoje. 

         - Não despego do horror que foi para mim ver a agressão bárbara ao jovem imigrante em Olhão. Pior: a autarquia, a Polícia, a Segurança Social nenhuma destas entidades se aproximou para ajudar os infelizes (sabe-se que já foram outros estrangeiros atacados pelo mesmo gangue). Inclusivamente, nem os energúmenos ainda foram presos. Mas louvo o que ainda resta das raízes cristãs no povo, esses anónimos que socorreram o nepalês com dinheiro, comida e conforto moral. Bem Hajam.     

         - Quando não posso ou não estou com tempo (infelizmente) para ir assistir à missa a Setúbal, faço-o pela televisão. Só que hoje, tendo acordado ainda com os resquícios de ontem atacado de dores lombares devido ao trabalho do dia anterior, outro remédio não tive que usar estes métodos modernos. Encontrava-me, portanto, irritado. Logo me calhou um sacerdote do Funchal, cuja presença não gosto nada, pelo seu ar vaidoso, nervoso, convencido e mecânico de rezar a missa. Até o nome me abespinha: padre Toni. Talvez ele se chame António, mas a atracção pelos jovens obrigam a Igreja dos nossos dias a tantas cambalhotas para atrair a juventude! Quando eu penso o inverso: os jovens deixam-se atrair pelo que os repele. A escumalha dá-se com a escumalha. Não é assim?