terça-feira, fevereiro 22, 2022

Terça, 22.

O jogo do ditador confirmou-se: Vladimir Putin acabou de reconhecer independência às “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk. Logo a seguir assinou dois decretos de mobilização do Exército russo para a “manutenção da paz” nos dois territórios separatistas, verdadeiros baluartes dirigidos e sustentados pelo Kremlin, usurpando-os à Ucrânia. Estas milícias, somam-se aos 190 mil soldados russos dispostos ao longo da fronteira ucraniana. António Guterres disse e bem que esta manobra da Rússia “é uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia” sendo “incompatível com os princípios da Carta das Nações Unidas”. António Costa condenou a invasão; dos comunistas – que eu saiba – nem uma palavra. Macron prepara represálias económicas. Mas para mim, quem mostra ajudar sem ambiguidades, é o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que vai enviar tropas, navios de guerra, aviões e armamento defensivo, além de propor à NATO acção de grande escala. Os ingleses, sempre foram o baluarte precioso da democracia.  

         - Desde as oito e trinta da manhã que um homem meteu ombros ao trabalho de desbastar as oliveiras. No centro da quinta deixou dois montes gigantes de galhos para queimar, depois de ter cortado os mais grossos para a lareira. Veio num dia absolutamente maravilhoso, lançando poeira e raios de sol quentes sobre a terra já gretada com a falta de chuva. Não devia levantar hosana ante a magnificência de um dia assim, mas corre por aqui, saltando e bailando, uma felicidade nua, radiante, serena e impregnada da ligeireza dos dias felizes de verão, das longas e abundantes horas de leitura sob as oliveiras – árvore sagrada que vem dos confins de tempos imemoriais. Rejubila, moço, rejubila.