Sábado,
25.
Ontem,
no comboio apinhado de gente, um grupo de raparigas e rapazes amesendou no chão
da plataforma de entrada, abriu um saco de plástico e retirou sandes, batatas
pala, pequenos pacotes de sumos, e ali tomou o pequeno-almoço com a mesma
descontração, prazer e alegria, como se estivesse no Ritz.
- O João, cada vez que nos
encontramos, dispara: “Tás com muito bom aspecto!”
- Demos hossanas: a algazarra política
que havia substituído a do futebol, acabou para que a suposta e hipócrita
reflexão nos leve a escolher o candidato a Bruxelas mas do lado interior,
aquele que não se diz nem aos deuses em que cruzinha vamos depositar o fel.
- Andei a rebolar em Lisboa. Muitos
afazeres, vários sítios díspares, horas de um lado para o outro graças a... ao
passe mágico pois claro!
- No
comboio uma rapariga ao telefone: “Sabes que a filha da badalhoca acabou o
curso de gestão? Vi no Facebook.” A rede social criada por Mark Zuckerberg,
como se vê, não passa de uma rede de ódios e raivas servidas frias.