terça-feira, maio 15, 2018

Terça, 15.
Enquanto uma guerra se prepara nos países árabes vizinhos de Israel com a beneplácida bênção de Trump, esta manhã operou-se um milagre debaixo de um sol radioso: na Brasileira estiveram até ao meio-dia, apenas quatro conversadores natos: João Corregedor, António Carmo, o nosso economista e eu. Do nunca visto. O célebre café vazio parecia enorme, de boca escancarada para a esplanada quase sem ninguém também. Para aonde debandaram os nossos queridos turistas?  


         - A coisa começa a ficar preta. Graças aos Estados Unidos (com ou sem Trump é sempre a mesma coisa), os israelitas travam uma guerra contra os árabes na Faixa de Gaza, uma guerra não só injusta como desproporcionada. Enquanto os árabes protestam contra a decisão unilateral de Donald Trump em abrir a embaixada do seu país em Jerusalém com pedras; o exército de Telavive riposta com canhões e balas reais. O saldo até ao momento: mais de meia centena de mortos e para cima de dois mil feridos do lado palestiniano. Os hospitais estão a abarrotar de gente com hemorragias derivadas de ferimentos balísticos. O Conselho de Segurança reúne hoje de urgência a pedido do Kuwait.