Terça,
15.
Enquanto
uma guerra se prepara nos países árabes vizinhos de Israel com a beneplácida
bênção de Trump, esta manhã operou-se um milagre debaixo de um sol radioso: na
Brasileira estiveram até ao meio-dia, apenas quatro conversadores natos: João
Corregedor, António Carmo, o nosso economista e eu. Do nunca visto. O célebre
café vazio parecia enorme, de boca escancarada para a esplanada quase sem
ninguém também. Para aonde debandaram os nossos queridos turistas?
- A coisa começa a ficar preta. Graças
aos Estados Unidos (com ou sem Trump é sempre a mesma coisa), os israelitas
travam uma guerra contra os árabes na Faixa de Gaza, uma guerra não só injusta
como desproporcionada. Enquanto os árabes protestam contra a decisão unilateral
de Donald Trump em abrir a embaixada do seu país em Jerusalém com pedras; o
exército de Telavive riposta com canhões e balas reais. O saldo até ao momento:
mais de meia centena de mortos e para cima de dois mil feridos do lado
palestiniano. Os hospitais estão a abarrotar de gente com hemorragias derivadas
de ferimentos balísticos. O Conselho de Segurança reúne hoje de urgência a
pedido do Kuwait.