sexta-feira, maio 04, 2018

Sexta, 4.
Irrompeu mais uma história de abuso dos dinheiros públicos, melhor dizendo dos impostos que pagamos com língua de fora. Os senhores deputados, descontentes com o salário que auferem, decidem dar moradas de familiares vivendo na província profunda, portanto, longe do Parlamento para auferirem suplementos de viagem e representação que somam nalguns casos perto de três mil euros mês. Estas mordomias acho-as eu inqualificáveis, tendo em vista que, por exemplo, os professores são obrigados a ir trabalhar a centenas de quilómetros de casa sem ajuda de custos. Ninguém obriga um qualquer cidadão a concorrer a deputado. Se o faz, dizem os inocentes ou hipócritas, é por dever cívico. Portanto...

         - Transcrevo do Publico: “Os políticos não conhecem nem o ódio nem o amor. São conduzidos pelo interesse e não pelo sentimento.” Philip Chesterfield (1694-1773). Já foi tudo dito lá para trás e os que nos (des)governam não mudaram uma porra.  


          - José Sócrates não sai da ribalta por ter sido um socialista exemplar, um primeiro-ministro competente, mas por ter feito uma monstruosidade à altura da sua dimensão humana. Ana Gomes, lúcida e independente, a única que fala como quem não deve não teme, diz que a saída de Sócrates do PS, é “estratégia de vitimização” para colher louros mais adiante. Com efeito, o ex-militante que de socialista não tinha um cabelo, entregou hoje o cartão ao partido. Carlos César, o ilhéu presidente dos socialistas, diz ter “orgulho no contributo de José Sócrates para o progresso do país” Du n´importe quoi. Se ele afirmasse que o ex-executivo aproveitou-se do poder que o país lhe conferiu para toda a sorte de caramboladas de corrupção, compadrio, manobras políticas para si e para os afilhados, roubo e uma extraordinária teia de interesses que atravessam o Atlântico, mostraria vergonha do camarada que traiu a confiança que os portugueses nele depositaram e no partido que deu rédea solta a um vígaro.