quarta-feira, maio 02, 2018

Quarta, 2.
O Reino Unido chegou-se com protestos, flores e lágrimas aos pais do pequeno Alfie Evans, de 23 meses, a criança herói, que lutou no hospital contra uma doença neurológica e os progenitores na rua e nos tribunais para o levarem para Itália onde o Papa Francisco e as autoridades italianas o queriam tratar no hospital do Vaticano. Uns dias antes de morrer, os médicos desligaram a ventilação que o auxiliava. O pequeno Alfie desafia todos os prognósticos e resiste por si só. Os pais argumentam que o filho foi mal diagnosticado, a equipa médica que tudo foi feito para o salvar e, portanto, era inútil e desumano para a criança prosseguir os tratamentos. A justiça entrepôs-se em nome da lei decidindo o que era melhor para a criança e não autoriza a saída para Roma. Não posso julgar, mas perante os dados que li nos jornais, acho que era de toda a importância tentar uma derradeira chance. Em casos como este, a arrogância da lei é tratar um caso singular como se fosse um simples desvio às leis. Sempre considerei esta forma de governar um atentado, uma aberração, uma forma ditatorial de impor a justiça humana. Oiço centenas de vezes “é a lei” na voz dos insignificantes, dos funcionários públicos que mais não são do que lacaios entediados à sombra dos vencimentos. Ninguém os prepara para dizer “não” ou “sim” e muito menos para pensarem pela sua própria cabeça.  


         - Segundo o Público de hoje, uma grande parte dos registos que culpavam os responsáveis da tragédia dos incêndios, foi pura e simplesmente destruída. Esta era a forma fascista e nazi de encobrir o que comprometia as acções bárbaras dos seus dirigentes. O Governo de Costa e do PS, que nunca foram adeptos da clareza e da transparência – como prova o recente caso Manuel Pinho, José Sócrates e a criação de leis tendentes a separar o público do privado – aí está a suplantar-se na intriga e no encobrimento que o fragiliza.