Quinta,
17.
O
nosso Mágico tirou da cartola um coelho na forma de “criação de autoridade
contra a violência no futebol”. O mesmo é dizer, mais uns quantos jobs for the boys. Esta gente, colocada
numa esfera inacessível, feita de fantasias e sorrisos de algodão, não percebe
absolutamente nada da vida cá em baixo onde o mundo real corre a léguas das suas
vistas. Ele nem se deu conta de que o planeta futebol, com suas regras e
tratados próprios, não vai autorizar uma tal interferência.
- Afinal, piano pianíssimo, foi o que
quis dizer o Insuflável ao tresloucado Trump, ontem, ao pôr em causa o
“histórico” encontro entre os dois. Quem tem razão é o ditador. Ninguém
esclarece os que pensam pela sua própria cabeça, porque razão as armas químicas
da Coreia do Norte são mais nocivas e porque privilégio bélico os Estados
Unidos podem manter o grande stock mortífero e os ilhéus não. Se vos disserem
que a razão são os regimes que cada um segue, eu previno-vos que não caiam
nessa, porque os EUA foram os primeiros (e os únicos) a despachar com as mesmas
armas milhões de japoneses.
- Helder, por favor, olha o dia
magnífico que não cessou de sorrir. Vê como a natureza se reinventou no hossana
esplendoroso que inundou os corações e pôs no rosto das árvores um brilho de
saúde e felicidade. Maravilha-te ante o mistério do nascer do dia, e dá graças
ao Criador que tudo fez para tua felicidade. Põe de parte o país onde tiveste o
azar de ter nascido, com seus governantes que o sugam até ao tutano onde ficou
esquecido o derradeiro cêntimo. Bebe a alegria que inunda o teu coração ante a
perfeição de tudo o que te rodeia. E embriaga-te do sol que cai cantado das
alturas. Carpe diem, Helder, carpe.