quinta-feira, maio 17, 2018

Quinta, 17.
O nosso Mágico tirou da cartola um coelho na forma de “criação de autoridade contra a violência no futebol”. O mesmo é dizer, mais uns quantos jobs for the boys. Esta gente, colocada numa esfera inacessível, feita de fantasias e sorrisos de algodão, não percebe absolutamente nada da vida cá em baixo onde o mundo real corre a léguas das suas vistas. Ele nem se deu conta de que o planeta futebol, com suas regras e tratados próprios, não vai autorizar uma tal interferência. 

         - Afinal, piano pianíssimo, foi o que quis dizer o Insuflável ao tresloucado Trump, ontem, ao pôr em causa o “histórico” encontro entre os dois. Quem tem razão é o ditador. Ninguém esclarece os que pensam pela sua própria cabeça, porque razão as armas químicas da Coreia do Norte são mais nocivas e porque privilégio bélico os Estados Unidos podem manter o grande stock mortífero e os ilhéus não. Se vos disserem que a razão são os regimes que cada um segue, eu previno-vos que não caiam nessa, porque os EUA foram os primeiros (e os únicos) a despachar com as mesmas armas milhões de japoneses.  


         - Helder, por favor, olha o dia magnífico que não cessou de sorrir. Vê como a natureza se reinventou no hossana esplendoroso que inundou os corações e pôs no rosto das árvores um brilho de saúde e felicidade. Maravilha-te ante o mistério do nascer do dia, e dá graças ao Criador que tudo fez para tua felicidade. Põe de parte o país onde tiveste o azar de ter nascido, com seus governantes que o sugam até ao tutano onde ficou esquecido o derradeiro cêntimo. Bebe a alegria que inunda o teu coração ante a perfeição de tudo o que te rodeia. E embriaga-te do sol que cai cantado das alturas. Carpe diem, Helder, carpe.