Sábado,
2 de Setembro.
A
soma dos mortos no Texas é já de 44. As chuvas torrenciais não abrandam, a
destruição que as imagens mostram é aterradora. Como se pode sair de uma
tragédia assim?! Com dinheiro? Nem pensar. O efeito psicológico vivido, é o
principal obstáculo à reconstrução. Sarar por dentro para enfrentar de novo o
horizonte incerto.
- Ontem, sentado nos claustros do
antigo convento transformado no hospital de Santa Marta, enquanto à minha volta
se conversava de tudo e mais alguma coisa, eu meditava como me seria agradável
morrer naquele lugar sagrado, belo e carregado da história que hoje ninguém conhece.
Sentimento profundo que aquelas pedras pisadas por freiras e frades em oração, rezariam
por mim no instante em que passasse a fronteira entre este mundo e o outro. Até ao fim que a beleza da arte e da fé me habite.
- Sobretudo numa altura em que a
Constituição europeia quer a todo o custo rasgar das suas páginas a matriz
cristã de onde vimos, com a imposição da abolição da designação d.C. por “na nossa era”. A sabedoria (sophia) dos europeus saberá dar resposta a este bando de
ignorantes.
- Macron é hoje batizado pelos
franceses de Micron. Esta semana foram
conhecidos os decretos da sua grande obra, apelidada de revolucionária, que o
levará ao Nobel dos embustes: o Código do Trabalho. Eu estou na primeira linha
daqueles que não acreditaram no chou chouzinho. Eu e mais os 65 por cento de
franceses abstencionistas. Pois bem. A célebre lei, manual do seu mandato, vai
ter a resposta na próxima semana: estão anunciadas manifestações gigantescas
nas ruas de todo o país.