quarta-feira, setembro 13, 2017

Quarta, 13.
Imagens impressionantes das Caraíbas: Saint-Martin e Saint Barthélemy. Foi como se tivessem sido bombardeadas, com barcos arrastados para as estradas, casas reduzidas a escombros, nada restando dos tempos felizes. Só o mar oferece um sorriso azul a encorajar os habitantes.

         - Todas as manhãs quando me sento para trabalhar, procuro algo que não existe ou é inacessível e onde ponho todo o meu delírio: a Beleza, a Arte, a Perfeição – mas só esbarro na tortura, na descrença, no desespero.

         - As osgas que constantemente vejo passar nas paredes do salão em corridinhas curtas, são o Sheltox que dispenso.

         - Sábado passado, tendo sido dia do meu aniversário, os cumprimentos oficiais não existiram. Vieram segunda-feira a provar a sua hipocrisia. A todos mandei bugiar por inoportunos e fingidos.
        
         A propósito, gostei de saber que o meu sobrinho Nuno, segue nas minhas peugadas. Ele com três amigos, andaram um mês inteiro de país em país por essa Europa fora. Em Atenas quiseram conhecer as ilhas. Como o dinheiro não abundava, tiveram a ideia de alugar um barco e fazer o percurso entre ilhas a remo. Saiu mais barato do que fazê-lo nas rotas normais. Dos quatro globetrotters ele era o mais velho com 21 anos, os outros tinham entre dezoito e vinte anos. Nenhum deles havia saído alguma vez de Portugal. Dormiam onde calhava, comiam quando comiam, cozinhavam, geriam as coisas entre eles e tudo correu bem.