Quarta,
13.
Imagens
impressionantes das Caraíbas: Saint-Martin e Saint Barthélemy. Foi como se
tivessem sido bombardeadas, com barcos arrastados para as estradas, casas
reduzidas a escombros, nada restando dos tempos felizes. Só o mar oferece um
sorriso azul a encorajar os habitantes.
- Todas as manhãs quando me sento para
trabalhar, procuro algo que não existe ou é inacessível e onde ponho todo o meu
delírio: a Beleza, a Arte, a Perfeição – mas só esbarro na tortura, na
descrença, no desespero.
- As osgas que constantemente vejo passar
nas paredes do salão em corridinhas curtas, são o Sheltox que dispenso.
- Sábado passado, tendo sido dia do
meu aniversário, os cumprimentos oficiais não existiram. Vieram segunda-feira a
provar a sua hipocrisia. A todos mandei bugiar por inoportunos e fingidos.
A propósito, gostei de saber que o meu
sobrinho Nuno, segue nas minhas peugadas. Ele com três amigos, andaram um mês
inteiro de país em país por essa Europa fora. Em Atenas quiseram conhecer as
ilhas. Como o dinheiro não abundava, tiveram a ideia de alugar um barco e fazer
o percurso entre ilhas a remo. Saiu mais barato do que fazê-lo nas rotas
normais. Dos quatro globetrotters ele era o mais velho com 21 anos, os outros
tinham entre dezoito e vinte anos. Nenhum deles havia saído alguma vez de
Portugal. Dormiam onde calhava, comiam quando comiam, cozinhavam, geriam as
coisas entre eles e tudo correu bem.