Quarta, 20.
Almocei
com o Carlos na Taberna da Mó. Repasto bem nutrido de um sem número de
discussões sobre arte e pintura. Mas também se falou muito e penosamente sobre
a situação do nosso querido amigo Virgílio, atirado para o Estoril para uma
casa de repouso de luxo a 2.000 euros/mês. O escultor, quando lhe telefono,
pede-me que o vá buscar para as nossas conversas na Brasileira e no Príncipe,
mas sem autorização do enteado e do “sobrinho”... Que c´est triste vieillir! De
tudo o que escutei, mais uma vez, agradeci a Deus a vida que me deu.
- Esta tarde o metro travou a fundo
entre as estações de São Sebastião e Praça de Espanha. Eu ia de pé e fui parar
alguns metros adiante aos fofos airbags de uma mulher que estava sentada e senti-me
como se estivesse num colchão Lusospuma. Foi a minha sorte. Outros passageiros
deslizaram pela plataforma indo parar à outra carruagem. Grande alarido. Ocorreu-me
logo aquela do Alexandre O´Neill quando dizia que num colchão Lusospuma não se
dá só uma... Pobre de mim! Limitei-me a pedir desculpa pela aterragem forçada...
- Novo sismo no México de 7.1 na
escala de Richter. Até agora duzentos e tal mortos. Ante as câmaras de
televisão, duas crianças são tiradas dos escombros de uma escola sãs e salvas.