quarta-feira, setembro 20, 2017

Quarta, 20.
Almocei com o Carlos na Taberna da Mó. Repasto bem nutrido de um sem número de discussões sobre arte e pintura. Mas também se falou muito e penosamente sobre a situação do nosso querido amigo Virgílio, atirado para o Estoril para uma casa de repouso de luxo a 2.000 euros/mês. O escultor, quando lhe telefono, pede-me que o vá buscar para as nossas conversas na Brasileira e no Príncipe, mas sem autorização do enteado e do “sobrinho”... Que c´est triste vieillir!  De tudo o que escutei, mais uma vez, agradeci a Deus a vida que me deu.   

         - Esta tarde o metro travou a fundo entre as estações de São Sebastião e Praça de Espanha. Eu ia de pé e fui parar alguns metros adiante aos fofos airbags de uma mulher que estava sentada e senti-me como se estivesse num colchão Lusospuma. Foi a minha sorte. Outros passageiros deslizaram pela plataforma indo parar à outra carruagem. Grande alarido. Ocorreu-me logo aquela do Alexandre O´Neill quando dizia que num colchão Lusospuma não se dá só uma... Pobre de mim! Limitei-me a pedir desculpa pela aterragem forçada...


         - Novo sismo no México de 7.1 na escala de Richter. Até agora duzentos e tal mortos. Ante as câmaras de televisão, duas crianças são tiradas dos escombros de uma escola sãs e salvas.