Terça,
2.
A
margem entre Marine le Pen e Chou-Chou, estreita-se. Empurrado por Madame, o
nosso liberal ex-banqueiro, avisou “se a UE não se reformar, arrisca-se a um frexit.” Mais: a sua prioridade é
“reformar profundamente a União Europeia e o projecto europeu”. Tal pai, tal
filho. Foi assim que Hollande começou e sabemos como terminou.
- Fiz gazeta à escrita. De manhã fui a
Setúbal ao barbeiro, à CGD, ao super, à piscina de onde saí para terminar o
duche em casa, porque de repente faltou a água cortada pela Câmara quando eu
estava ensaboado. De tarde, consegui uma hora de leitura e outra para terminar
o trabalho de debasto da erva oportunista ao longo do caminho público e do lado
de dentro da propriedade. Tudo isto sob um sol de ouro, quente sem magoar,
soberbo nos trinados lá no alto onde os pássaros são músicos celestiais.
- Os jornais de hoje, dizem que em
Portugal os gestores ganham 100 vezes mais do que os trabalhadores. Que
novidade! Na lista dos mais sorvedouros estão, como não podia ser de outro
modo, Jerónimo Martins, Sonae e EDP chinesa. O que dirige ou dirigiu a cadeia
de supermercados, costuma cantar de galo sem ter sido eleito pelo povo; o jovem
da Sonae tem por hábito rir-se muito quando lhe falam em riqueza; o que orienta
a ex-EDP, não sendo socialista, tem a ganância como principal actividade da sua
triste existência. Nos países pobres como o nosso, onde esta gente é catalogada
de brilhante porque sabe como cavar o fosso entre eles e o resto da humanidade escravizada
até ao tutano.