domingo, maio 07, 2017

Domingo, 7.
A crónica de hoje do nosso monge pregador, traz as mesmas interrogações que eu formulo ao longo da minha vida e às quais vou ter que encontrar uma resposta. Eu e se calhar os católicos e, sobretudo, a Igreja também.

- Será verdade que Deus, para nos libertar do poder do mal, precisava de fazer morrer o seu Filho no horror da cruz?
- Gostará Deus do sofrimento de quem mais ama?
- Poderá ser invocado um ser tão sádico?
- Será que Deus gosta mais de nós do que o seu próprio Filho?
- Não será este amor perverso?
- Ao fim e ao cabo Jesus foi condenado por Deus ou por uma coligação de Herodes e Pôncio Pilatos?
- Mas que ideia foi essa, tão pouco celestial, a de fazer com que crianças inocentes assumam a reparação dos estragos feitos pelos pecados dos adultos? (Refere-se Frei Bento Domingues aos três Pastorinhos.)

Estas são as interrogações, mas há mais: as exclamações:

- Se era Deus que O entregou, os adversários que o executaram estavam a cumprir a vontade de Deus!
- Jesus é um amado de Deus que entrega a sua vida para que seja perfeita a alegria de todos!

- O seu programa recusava a dominação económica, política e religiosa (e religiosa assento-o eu!) que crucifica a vida das pessoas, seja onde for. O amor ao sofrimento é doença; o esforço para procurar vencer o próprio sofrimento e o dos outros, nas suas causas e consequências, é amor da vida, é descrucificar.