segunda-feira, maio 29, 2017

Segunda, 29.

A senhora Merkel, resumindo as duas cimeiras em que participou – NATO e G7 – preveniu: “Nós europeus, temos de agarrar as rédeas do nosso próprio destino.” Implícito está a introdução de uma nova forma de ver o mundo arrastada por Donald Trump e pela saída do Reino Unido da União Europeia. Por outras palavras, o velho continente, madraço, corrupto, povoado por um batalhão de políticos que partilham as benesses e a vida-airada, mais uma vez, quer meter medo aos povos dizendo-lhes que quem não está com ele está contra ele e, portanto, sem Europa unida em torno do euro, bem entendido, será a desgraça. Alguns apostam no pobre Chou Chou para a dinamizar, outros espreitam a oportunidade para introduzir novas e mais apertadas formas de viver, onde os países pobres sustentam os países ricos. Ninguém pára para pensar e ver que a Europa desde a sua fundação económico-financeira, nunca conheceu a paz, nem teve o reconhecimento dos povos em eleições livres. Tem sido sempre a instabilidade, os impostos a subir, a autonomia a desaparecer, a prepotência a reinar, a pobreza a alastrar. A política hoje é espectáculo, aldrabice, idiotice, hipocrisia e incompetência. Os povos ajudam à festa, a desgraça tapa-se com uma partida de futebol, uma ida a Fátima, um fado triste dedilhado num beco umbroso de um qualquer lugar imobilizado na nossa charlataneada existência.