terça-feira, maio 16, 2017

Terça, 16.
A máscara caiu: Chou-Chou que se dizia socialista e contou com o apoio do imérito Hollande, acaba de se desmascarar com a formação do seu governo. À cabeça, como primeiro-ministro, um franco-atirador que para chegar ao poleiro foi tudo e o seu contrário, e o simples facto de ter sido o braço direito e a unha esquerda de Alain Juppé   coloca-o como suspeito e indigno de confiança. Aquela marmelada de governo vai criar na França e na União Europeia, provavelmente, a maior catástrofe. Eu interrogo-me muito sobre a ideia de socialismo tal qual é anunciado a praticado pelos ditos socialistas. De facto, aquele socialismo está entalado entre a direita e a esquerda e a bem dizer não serve nenhuma ideologia. Pelo contrário, rouba a um lado e outro balbucios de conceitos, com o único intuito de obter o poder. Aí instalado, em ziguezagues económicos e linhas pensantes de puro oportunismo, está condenado a desaparecer por inútil ou a prosseguir em países de cultura rasante à mediocridade.


         - Entretanto, entre nós, o Governo deslumbra com a magia das contas públicas. O ministro da Economia é um génio, o primeiro-ministro o chefe de orquestra magistral, os socialistas no seu conjunto uma organização saída dos princípios do código de pobreza e honra de Madre Teresa de Calcutá, o país com dez milhões de gente feliz como no tempo do sinistro Cavaco Silva que dizia ser Portugal um sucesso quando as empresas e os portugueses faliam à desgarrada. Isto é a propaganda de que a dita esquerda é alienada.  A seguir vem a realidade, a verdadeira, a autêntica, a que condena dois milhões e meio de cidadãos trabalhadores e honestos a viver, perdão, a sobreviver com 320 euros/mês (dados do INE), num país onde um deputado com três legislaturas tem automaticamente na conta bancária 2800 euros/mês! De resto, este autêntico insulto da Democracia à República, traduz-se, segundo o Diário de Notícias que fez o estudo há pouco tempo, em mais 80 milhões de euros em dez anos, para não falar noutras benesses como o seguro de saúde pago pelos contribuintes, os cartões bancários, a acumulação de reformas privadas com subvenções vitalícias no público.