segunda-feira, março 04, 2024

Segunda, 4.

Breves. Os barões das Infra-Estruturas recuaram e deixaram cair a greve que tinham programado para começar amanhã. Fizeram bem. De contrário, ao invés de um por cento, desapareceriam do mapa partidário. O“nosso povo”agradece. 

No Fertagus, do que se falava assim como nos cafés e nas ruas, não era da ida às urnas domingo, mas da estrondosa derrota do Benfica por 5-0 no jogo com o Futebol Clube do Porto. 

         - Num estudo agora publicado pela Fordata revela que 62 por cento dos portugueses não confia no trabalho da Assembleia Nacional. Uma vergonha que toda a tinta que lhes possam atirar à cara não cobre. Segundo o mesmo estudo (naturalmente encomendado e fabricado pelos americanos), 8 em cada 10 portugueses não confia nos políticos. Marco Túlio Cícero que viveu sob a ditadura de César, dizia“todo o poder corrompe, mas o poder absoluto corrompe absolutamente”. Aqui fica o aviso aos meus leitores. Pelo menos a eles. 

         - A guerra prossegue na Faixa de Gaza com o aumento de crimes e a revolta dos inocentes. As crianças morrem agora à fome e no último ataque (qual deles?) Israel matou mais de cem palestinianos que assaltaram os camiões carregados de alimentos. Há objectivamente um desejo de dizimar o povo nobre que sempre esteve debaixo das botas cardadas dos israelitas. Netanyahu e Putin devem ser julgados por criminosos. 

         - Dia pleno, diversificado. Logo de manhã, apareceu o casal francês para um café no Retiro Azul (já vão dizendo umas palavras em português). De regresso a casa, veio a Piedade pôr ordem na cozinha e preparar com arte milenar o grande frasco das minhas azeitonas - uma mistura de ervas e sal. Comi qualquer coisa e larguei para Lisboa. No meu refúgio no Corte Inglês, tricotei página e meia (p. 165) que me saiu muito bem.