sexta-feira, janeiro 12, 2024

Sexta, 12.

Quem vier a seguir, se os socialistas não sucederem aos socialistas, vai ter um trabalhão medonho para endireitar o que Costa desarranjou nestes últimos oito anos, só, ou com a geringonça agarrada. Há uma insurreição nos sindicatos da Intersindical, na tropa da PSP, GNR, hospitais e escolas, que vai paralisar o país completamente e oferecê-lo de mão beijada a um qualquer ditador que por aí manobra na sombra a nossa rendição. O terreno mundial é-lhe propício. O PS nem se apercebe do mal que nos causou porque vive num outro mundo, fascinado pelo poder que a maioria lhe outorgou. As greves nos transportes e as manifestações dos agentes da autoridade, são o aviso que vai ter que ser levado a sério por quem venha a seguir e tenha a coragem de alterar profundamente a lei da greve. Assim é que não se pode viver. Aqueles que ganham pouco, pagam os passes de transporte e ainda por cima têm de ir de carro para o trabalho, serem prejudicados por um grupo de barões, nas tintas para o povo que juram defender, é um embuste demasiado forte para ser consentido pela sociedade num todo. O chefe dos ditos socialistas, criou uma estratégia segundo a qual quem esteve no poder foi a ala direita do seu partido, daí a sua liderança ser aquela que promete o céu na terra, isto é, o reino utópico querido da esquerda, fortemente ideológico, indiferente às pessoas.    

         - Um simples apontamento. A botija de gás pluma que comprei ontem custou 37 euros, a anterior 33 euros.

         - Prometem-nos frio polar para os próximos dias. Por mim, estou abastecido do necessário ao conforto ainda que, de cada vez que durmo com o irradiador ligado, amaldiçoe o capitalismo chinês que não difere do americano ou russo. Depois do armamento, farmacêutica, banca, a energia é o recurso mais querido do capitalismo. 

         - Reservo para um dia destes falar sobre o admirável romance de Lídia Jorge, Misericórdia. Li de uma assentada as primeiras cem páginas e logo entrei em estado de exaltação.