quinta-feira, janeiro 11, 2024

Quinta, 11.

A primeira-ministra francesa demitiu-se e Macron foi buscar um jovem de 35 anos para a substituir. Como Chou Chou tem o cargo titubeante e a senhora Le Pen tem toda a chance de ganhar as próximas eleições, ele pensa que poderá sobreviver assumindo os dois cargos: a presidência e o de primeiro-ministro (por via do inexperiente). Se a moda pega, um dia veremos um tipo qualquer sair da maternidade directamente para o Eliseu ou Belém. Isto admitindo que a escolha sexual nada tem a ver com a eleição... 

         - Sim, de facto. Se observarmos a substituição de uma pelo outro, vemos que os noticiários das diferentes cadeias de televisão, precisaram de uns escassos cinco minutos para divulgarem a informação. Aqui, António Costa, ocupou a paciência dos espectadores dois meses a fio. Isto prova a qualidade do nosso jornalismo. Que não percebe, num país tão pouco interessado na vida política, haja tantos jornalistas a sair das faculdades e, ainda por cima, com a qualidade que se lhes reconhece...  Nem a propósito. Há dias um jornalista dizia na televisão:  “Com os meios de hoje que há...”

         - Soube por um amigo que o velho Bota Alta no Bairro Alto, onde tantas e tantas vezes fui jantar, acaba de fechar portas por o ganancioso do proprietário ter exigido um aumento de renda de 1300 para 11 mil euros de aluguer mensal!!! A senhorita Cristas de mãos dadas com dourado António Costa, devem estar a esfregar as mãos de contentamento. A lei do mercado funciona e... resplandecente.  

         -  23 mil palestinianos foram mortos em menos de três meses para dignificar a centena de israelitas em 7 de Outubro do ano passado. Neste número estão 8 mil crianças, uns quantos idosos e pelo menos 79 jornalistas. A ira da extrema-direita com Netanyahu à cabeça e o sinistro ministro da Defesa Yoav Gallant, deviam ser julgados por repetirem em vingança aquilo que o Holocausto praticou. A opinião pública mundial, tem-se manifestado nas ruas e Biden começa a ver a sua reeleição a fragilizar. Entretanto, toda a região está em estado de guerra. O Hezbollah intensifica os combates, o Iémen também, o Irão observa na sombra. Putin, reforça-se.