quarta-feira, janeiro 17, 2024

Quarta, 17.

Aos transtornos do mundo, vieram juntar-se as catástrofes agora dignificadas com nomes, a actual foi batizada de Irene, enquanto a nós nos subtraem o nome para sermos simplesmente um número. Esta vingou-se ontem com um fim de dia e noite sinistra, invadida de ventos fortes, trovoada, relâmpagos numa orquestração que durou horas e fez medo. Por esse mundo fora, são as tempestades de neve e inundações em França, EUA, Brasil, ficando-nos a imagem de um mundo a afundar-se. 

         - O Nuno mentiroso, apregoa que deu aumentos e regalias aos agentes da PSP e GNR em permanente presença junto do Parlamento. Estes responderam-lhe à letra chamando-lhe “aldrabão.” 

         - Há uma senhorita de nome Márcia Rodrigues que eu não apreciava, e agora tem um programa na RTP3 com interesse. Outro dia levou para conversar sobre as guerras na Ucrânia e EUA/Israel, três grandes senhores: Carlos Gaspar, António José Telo e o general Arnaut Moreira. Que impressionantes personalidades! Num tom cordial, sábio, modesto e brilhante, esclareceram-nos sobre o que se passa no teatro das operações e o futuro que nos reserva o actual estado do mundo. Qualquer destas personalidades anulou a jornalista que se limitou a fazer as perguntas e obter as respostas com um  alto nível de conhecimento. Aquele tipo de programa devia ser imposto em todos os outros canais. Aquilo, sim, é verdadeiro serviço público. Nós não precisamos de saber da incultura dos nossos jornalistas, não precisamos das suas opiniões, queremos apenas que se coloquem no seu lugar e estudem as características das perguntas sem lhes acrescentar os seus juízos.  

         - A guerra, melhor, as guerras alastram por todo o lado. A nossa querida e ronhosa UE prossegue passiva e palavrosa, enquanto à nossa volta o mundo se arma e se prepara para a guerra. O Reino Unido, sempre oportuno e vigilante, o primeiro a compreender o que pode sair do conflito com a Rússia de Putin, preparou um pacto de segurança e foi a Kiev assiná-lo com Volodymyr Zelensky. Mas fez mais. Precavendo os ucranianos do pouco auxílio americano, levou uma ajuda militar no valor de 2,5 mil milhões de libras, qualquer coisa como três mil milhões de euros. De assinalar que este acordo, é o primeiro do género que a Ucrânia rubrica com um membro do G7. Não satisfeito, Sunak vai fornecer o país com mísseis de longo alcance, defesa antiaérea, munições e drones indispensáveis à Ucrânia. Obrigado, senhor Rishi Sunak.