quinta-feira, janeiro 05, 2023

Quinta, 5.

Foi estranho ver uma única mulher na bancada do Governo, Ana Catarina Mendes, a ser atacada por todos os galifões, alguns sem educação nenhuma nem conhecimento do que isso é, no primeiro plenário do ano. António Costa e qualquer dos seus outros governantes, deixaram a senhora entregue às garras de um punhado de feras, que só não a devoraram porque ela se portou com dignidade e valentia. 

         - Continua a greve dos maquinistas da CP. Exigem que seja reposto o poder de compra, célebre máxima do PREC, que tem tanto de magia como de charlatanice. Imagine-se todos os reformados recusando-se a serem alimentados porque o Estado não lhes repõe os alimentos de que necessitam: salmão, champanhe, ostras, etc. 

         - Nós somos originais em tudo, até na desgraça. Enquanto uma parte da Europa, dos Estados Unidos e outras zonas do mundo entenderam controlar os povos vindos da China onde o vírus lá cozinhado se traduz nesta altura numa tragédia de saúde pública testar quem chega aos seus aeroportos; Portugal prefere deixar-se encharcar de SARS-Cov 2 ou 3 ou 4, na certeza que as nossas estruturas hospitalares aguentam todos os fluxos de novas infecções. O Governo bichana para o lado: “Portugueses? Isso existe? Temos é que defender a nossa identidade!”

         - Marcelo e muito bem, chutou para o Tribunal Constitucional o novo diploma sobre a eutanásia. A esquerda que de dignidade humana nada percebe e do valor da vida muito menos, escancarou o queixo de impotência. 

         - Da nossa conversa de ontem, Mário, enquanto amigo e advogado, prometeu estudar as três hipóteses que lhe propus para o meu testamento. 

         - Avancei no corte da erva, felizmente sem nenhuma dor, mau grado o tempo roubado à escrita, usufruindo dos poucos dias de sol que os manda-chuva nos prometem.