sexta-feira, novembro 05, 2021

Sexta, 5.

É evidente que Marcelo Rebelo de Sousa tem a faca e o queijo nas mãos e pode decidir como lhe aprouver neste momento singular da democracia portuguesa. Por isso, contrariamente ao que queriam os partidos, vamos para eleições já no próximo mês de Janeiro. Pelo meio mete-se o Natal e o Fim de Ano e veremos como estas datas se conjugam em favor da propaganda. Espero, todavia, que a preeminência da esquerda perca uma boa parte dos malefícios que têm contribuído para o abaixamento da democracia. Não é lícito que dois minúsculos partidos possuam tanta influência sobre a maior parte dos portugueses.  

         - Outro dia o canal 3 apresentou um longo documentário sobre a vida e obra de Albert Camus. Eu sou um dos seus fiéis leitores e nunca o perco de vista. À distância, foi ele que acabou por ter razão nos confrontos com Sartre e seus compagnons de route a propósito do comunismo e dos caciquismos de Estaline e Mao tsé-Tung. O extremismos e amizades do existencialista, vieram a revelar-se uma utopia onde o homem afinal não esteve presente.  O primeiro, é responsável por mais de 20 milhões de mortos; o segundo, 40 milhões por fome, exaustão, doenças várias devido à mobilização para as campanhas de colectivização agrária. Se falarmos nos 1.439.324 habitantes actuais (último relatório da ONU), submetidos a um controlo rigoroso através das modernas tecnologias que premeia os mais obedientes e castiga os dissidentes, temos o quadro moderno da moderna ditadura na China.    

         - Robert acompanhou-me rue Vivienne onde se aglomeram as grandes empresas de materiais preciosos e compra e venda de ouro, para me despedir - como se costuma dizer -  de duas jóias de família. Valor total: 1071 euros. Voilà menos uma preocupação. 

         - Prossigo Green, pág. 100. Na página 86 deparo com esta observação que seria válida se ele ou cada um de nós, pudéssemos transformá-la numa premissa: “C´est quand un homme  est dépouillé de tous ces biens qu´on peut voir s´il lui reste quelque chose, si sa richesse était intérieur et par consequent réelle, ou si elle consistait seulement dans la possession de quelque centaines de bouquins.”