sexta-feira, abril 02, 2021

Sexta, 2.

O brouhaha que por aí vai por causa do Presidente da República se ter juntado à esquerda na aprovação de 40 milhões mensais de apoios sociais aos que recebem reformas de 150 euros/mês e aos que têm de subsídio de desemprego 300/400 euros, perdão, perdão, em que país pensas tu que vives, idiota, aos que, estando em casa em teletrabalho, trabalhadores independentes, sócios-gerentes, a toda essa turbamulta de gente que tanto preocupa as esquerdas nacionais, coitadinhos, subitamente a ultrapassar em miséria os milhões de velhos no limite da pobreza, de jovens sem emprego, da classe média a raiar a indigência, para não falar nos dois milhões de pobres com que a democracia nunca se preocupou. Neste indecoroso jogo político, os mais fracos não entram. A madre superiora do BE que portanto devia começar por ter atenção ao essencial, esbraceja idiotamente por valores que os seus 4% deviam conter. Quanto à querida Constituição que todos dizem respeitar, depende dos dias: em dias pares curva-se perante ela a direita; em dias ímpares a esquerda. 

         - Eu não dou importância nenhuma às teses da esquerda – têm a mesma cólera das da direita. Por exemplo, relativamente, a Hungria e Polónia, a primeira não cheguei a embarcar e a TAP, baluarte dos socialistas, quer-me dar 15 euros dos cento e tal que paguei pela viagem que a Covid me privou de realizar; quanto à Polónia estive lá há três anos e regressei encantado com o país que a nossa esquerda detesta. O facto, porém, é que vi cidades e vilas impecáveis, gente feliz, nenhum pobre a pedir ou a dormir na rua, desenvolvimento e estruturas rodoviárias excelentes, seriedade nos processos administrativos, simpatia e civilidade nas pessoas, nada comparado com Portugal que a esquerda governa há quase 50 anos. E acabo de confirmar no Público que tenho razão. Países preocupados com os cidadãos, na forma de cobertura completa, não hesitando em desobedecer à UE (Hungria), possuem, ainda por cima sem militares camuflados na sua gestão, um coeficiente muito interessante relativamente à vacinação. Por exemplo, taxa de população completamente vacinada: Hungria 7,8 %, Polónia 5,33 (apesar da desconfiança da população em geral), Portugal 4,67!     

         - Muito cedo fui ao Auchan. Avancei no corte da erva. Tomei chá em casa da Glória e deixei ao Raul uma lista de livros para que mos traga de Paris para onde parte terça-feira. Assisti pela TV a Via-Sacra de São Pedro, Roma. Faleceu a nossa amiga Madame Guyollo diz-me o Robert por sms.