sábado, abril 10, 2021

Sábado, 10.

Incontornável. Não pela personagem em si que é repulsiva sob todos os pontos de vista, mas porque quem esteve a julgamento ontem foi o Ministério Público. Ainda por cima acusado por um dos seus: Ivo Rosa. O juiz que dos 31 crimes cometidos, sim cometidos, por José Sócrates apenas seis vão a julgamento. A Justiça portuguesa é terceiro-mundista, alimenta-se dos pobres coitados que roubam duas batatas aqui e um nabo acolá; é construída para dar fortunas às centrais de advogados que enriquecem a olhos vistos, alimenta a classe política, particularmente o PS que nos tem dado notáveis corruptos. Desde que os socialistas estão no poder, que muitas têm sido as iniciativas para alterar a lei da corrupção e até o novo dirigente da associação de juízes, Manuel Ramos Soares, insiste em regular a fiscalização dos rendimentos dos titulares de cargos públicos, assim como o dever de justificarem a aquisição de património durante o exercício do cargo, tudo em vão. O PS não está interessado porque no seu seio há uma chusma de interesses e enriquecimento obscuros. Devido a trama em torno do ex-primeiro-ministro, se fôssemos um país democrático, seria o regime que teria sido posto em causa. Quando Portugal lá fora e a esquerda cá dentro se insurge contra a Hungria e a Polónia, devido aos direitos humanos restringidos naqueles países, devia olhar à sua volta: um país com esta Justiça que eles alimentam, não pode falar de direitos humanos. Por arrasto, o juiz Ivo Rosa, pôs nos rostos de Ricardo Salgado, Granadeiro, Bava, Vara e Carlos Santos Silva um sorriso de satisfação de orelha a orelha. O crime, de facto, entre nós compensa. 

         - A técnica da esquerda é esta: detecta-se um descontentamento, quase sempre baixos salários, e depois cavalga-se em cima. É a mesma habilidade do Chega. 

         - Terminei a limpeza do mato em frente à casa. Dia tristonho, salpicado de gotas de chuva. Fui de manhã aos pequenos agricultores. Uma nuvem de tristeza varreu o meu interior. Três horas na cozinha a preparar pratos para arquivo no congelador. Falei com a Maria José, o Nuno (sobrinho), Fortuna, Glória, um chato do banco e uma chata da loja onde fui há dias devolver a box e o dinheiro adiantado para o “técnico” que de parabólica nada percebia.