terça-feira, fevereiro 26, 2019

Terça, 26.
Se dúvidas houvesse que Juan Guaidó, auto-proclamado Presidente da Venezuela, é um fantoche nas mãos dos Estados Unidos, os motins nas fronteiras com o Brasil e a Colômbia onde havia camiões com ajuda humanitária para os infelizes venezuelanos, anulou-as. Quem viu o “presidente” a deixar o país de helicóptero, a descer para as câmaras de televisão de um camião, quando à sua volta um tumulto decorria traduzido em quatro mortes e quase três centenas de feridos, sem que o objectivo se tivesse realizado, para não falar nas muitas deserções de militares esperadas (apenas 25 desertaram), quem viu o espectáculo pode dizer que o homem é um péssimo actor. Trump que está atrás daquela desgraça que levou milhares de crianças, homens, mulheres e velhos à fome e à miséria, com a ganância de assaltar as riquezas do país, utiliza os mesmos métodos usados na Síria, Líbia, Afeganistão ou Iraque para não falar noutros para trás. Os Estados Unidos começam sempre do mesmo modo e só saem quando deixam os países exangues e as populações paupérrimas e sofredoras.  

         - A minha afastada prima Teresa de Sousa, no Público de domingo, tece mais uma vez rasgados elogios a Emmanuel Macron. Eu acho a criatura um flop e não compreendo a visão da articulista no tocante à importância do Presidente francês no futuro da União Europeia e na administração da França, incluindo a reforma ou reformas que ele está ou vai empreender. Para já o homem prometeu muito durante a campanha e não realizou nada e o que fez foi contra a maioria a favor das minorias ricas. Teresa de Sousa enaltece aquilo que os jornalistas em Paris dizem: que a juventude e os seus 40 anos suportam as múltiplas acções em favor do balanço “democrático” que ele propôs aos franceses com o intuito de afastar da rua os gilets jaunes. Eu acho que aquilo foi uma demarche, uma forma de ganhar tempo e se possível a confiança perdida. Porque, é bom notar, por todo o lado nesta Europa decadente, não há governo nenhum que não fale em reformas, em reformar. Mas a verdade é que os ricos não param de enriquecer, enquanto os pobres não cessam de empobrecer. Todas as reformas traduzem-se nesta constatação. Os gilets jaunes, com o seu movimento, quiseram parar essa hipocrisia – e conseguiram.

          - Justamente a França. Eu vi outro dia no noticiário da TV5 Monde, as enormes cruzes suásticas desenhadas nas lápides dos cemitérios, em Paris. É um crime hediondo visto de qualquer ângulo. Mas não é novo. Green optou por ser enterrado na igreja de Klagenfurt, Áustria, porque detestava a profanação das campas que os energúmenos levavam a cabo. Se o Governo francês não investir sobre os criminosos, e deixar andar como coisa simplesmente de bárbaros, vai ver crescer o sionismo sob outra qualquer forma, mas sempre perigoso.

         - “Sem liberdade, não se é filho da família humana, mas escravo.” Fr. Bento Domingues. 


         - Ontem almocei com o Paulo Santos e o Carlos no Príncipe. Carlos muito mais calmo esperando eu que a calmaria seja para durar. Antes na Brasileira com o Brito, Carmo, Mário (economista), Teresa, Castilho, Paulo e um pintor que não retive o nome. Tertúlia habitual varrendo os temas mais diversos. Breves palavras por telefone à escritora Alice Vieira com quem devo estar em breve.