Quarta,
6.
No
último dia de visita ao Golfo Pérsico, o Papa celebrou missa para 150 mil
fiéis, vindos dos países limítrofes como de mais longe. Foi uma bela jornada ecuménica
centrada no fundamental, longe do espectáculo que outras visitas papais, Europa
e países da América Latina, transformaram em rock, sardinha assada e corridas
atrás da vedeta religiosa.
- Quando eu penso no que se tornou a
família nas mãos das televisões, pasmo. Desde o princípio do ano já foram assassinadas
nove mulheres e não sei quantos filhos de casais desnorteados. Em vez de as
usarem como um qualquer produto ou incentivo ao consumo, deviam deixar-se de
hipocrisias e orientá-las no sentido sagrado da vida. Num país equilibrado,
onde os cidadãos recebem cultura e humanismo, não acontecem mais de 500 violências
domésticas num ano fora as que não são reportadas à Polícia.
- 10 mortos e 30 feridos num violento
incêndio no 16 bairro, em Paris. A Polícia atribuiu a desgraça a uma mulher
desequilibrada que estava a ser tratada com antidepressivos.
- A CGT francesa desceu às ruas ao
lado dos gilets jaunes, contradizendo-se
ou aproveitando-se esquecendo o tempo em que os desencorajou com palavras
desprezíveis.
- Elementos dos GOE não foram autorizados
a entrar na Venezuela. O Governo e o coro habitual dos jornalistas “independentes”,
indignaram-se. Mas Maduro tem razão. No estado em que está o país, com o apoio
dado por Portugal ao autoproclamado presidente e as ameaças de guerra,
aparecerem estes ingénuos agentes no país armados com o pretexto que era para
defender a nossa embaixada e os seus compatriotas, não cabe na cabeça de
ninguém. É mais fácil ao Governo ir na
onda, que ter que pensar e agir pela sua cabeça, de forma a defender aqueles que
foram obrigados a imigrar. A Europa do euro está de joelhos diante da América e
nós de rastos diante de Bruxelas. Depois admiram-se que ninguém nos respeite.