Sábado, 23.
A
moda existia no tempo do Estado Novo na forma esférica de cunha ou simples
imposição do gosto e vontade dos pequenos ditadores de uma arrogância perversa.
Existia forma de falar, porque os métodos chegaram até nós que, dizem, vivemos
em democracia. Pelas autarquias é moeda corrente e ainda não estamos
completamente instalados na descentralização, embora o caso de Elvas seja
absolutamente escandaloso, com o Presidente de Câmara a nomear a mulher e ao
todo 27 familiares não só dele como dos vereadores para cargos bem remunerados.
Mas não é só. Também o Mágico fez remodelação no seu governo e reconduziu os
senhores, dobra a língua, rapaz, os doutores X e Y, vindo também a mulher, a
filha e mais não sei quem da família, naturalmente bons e competentes socialistas.
Eu afloro o tema do nepotismo em O
Rés-do-Chão de Madame Juju provando que não sou nada original...
- Em Argélia, um moribundo foi eleito
Presidente do país. A resposta dá-se em forma de protesto nas ruas. Milhares de
jovens estão contra – e com razão. Bouteflika não passa de um fantoche nas mãos
dos militares. A seguir à eleição, deixa a Argélia rumo à Suíça para tratamento.
- Este Inverno vou já na segunda
passagem de corte na erva que atapeta tudo em volta da casa. Se não chovesse
mais, o campo tal qual está, com o seu manto verde rasteiro, seria a maravilha
que embeleza os olhos e a paisagem. Estou a fazer uma maratona porque não quero
oferecer aos amigos que vou buscar a Madrid no próximo mês, o aspecto
desleixado que não gosto para mim. Este trabalho, a par de outros, ocupa-me todos
os dias umas duas horas no fim das quais estou todo partido. Depressa esqueço
as dores nos rins quando olho a tarefa que permitiu mudar a imagem que me
cerca.
- Dia absolutamente deslumbrante. A
Primavera espreita já o Verão. É um enorme privilégio poder admirar um dia assim,
cheio do olhar do Criador que o criou para nosso gozo e felicidade. Paz e
plenitude.