domingo, fevereiro 24, 2019

Sábado, 23.
A moda existia no tempo do Estado Novo na forma esférica de cunha ou simples imposição do gosto e vontade dos pequenos ditadores de uma arrogância perversa. Existia forma de falar, porque os métodos chegaram até nós que, dizem, vivemos em democracia. Pelas autarquias é moeda corrente e ainda não estamos completamente instalados na descentralização, embora o caso de Elvas seja absolutamente escandaloso, com o Presidente de Câmara a nomear a mulher e ao todo 27 familiares não só dele como dos vereadores para cargos bem remunerados. Mas não é só. Também o Mágico fez remodelação no seu governo e reconduziu os senhores, dobra a língua, rapaz, os doutores X e Y, vindo também a mulher, a filha e mais não sei quem da família, naturalmente bons e competentes socialistas. Eu afloro o tema do nepotismo em O Rés-do-Chão de Madame Juju provando que não sou nada original...

         - Em Argélia, um moribundo foi eleito Presidente do país. A resposta dá-se em forma de protesto nas ruas. Milhares de jovens estão contra – e com razão. Bouteflika não passa de um fantoche nas mãos dos militares. A seguir à eleição, deixa a Argélia rumo à Suíça para tratamento.

         - Este Inverno vou já na segunda passagem de corte na erva que atapeta tudo em volta da casa. Se não chovesse mais, o campo tal qual está, com o seu manto verde rasteiro, seria a maravilha que embeleza os olhos e a paisagem. Estou a fazer uma maratona porque não quero oferecer aos amigos que vou buscar a Madrid no próximo mês, o aspecto desleixado que não gosto para mim. Este trabalho, a par de outros, ocupa-me todos os dias umas duas horas no fim das quais estou todo partido. Depressa esqueço as dores nos rins quando olho a tarefa que permitiu mudar a imagem que me cerca.


         - Dia absolutamente deslumbrante. A Primavera espreita já o Verão. É um enorme privilégio poder admirar um dia assim, cheio do olhar do Criador que o criou para nosso gozo e felicidade. Paz e plenitude.