segunda-feira, novembro 13, 2017

Segunda, 13.
O que aqui foi narrado ontem, ficará para os leitores em livro. Como, de resto, muitos acontecimentos que circularam nestas páginas ao longo dos anos, desde pelo menos 1967. Ao contrário do que possa parecer, o livro é mais perene e relaciona-se com o leitor através do silêncio que a leitura individual permite. A relação do escritor com o seu público parte, através da obra impressa, da escolha, digamos, humanizada e feliz, daquela ou daquele que vai ao rendez-vous dos textos, oferecendo ao autor a generosidade da deslocação à livraria, da escolha do livro, do seu preço e por fim da leitura que palpita no objecto fabuloso que é o livro. Então, em certo sentido, leitor e autor são um só.

         - Chove a rodos. Um rapaz montado numa bicicleta pára em frente ao Mcdonald´s. Traz às costas uma grande mochila com estes dizeres: UBER EATS. Um negro de passagem, pede-lhe para tirar uma foto - a vida de hoje está inteira ali.

         - Ni Dieu ni l´Homme ne sont morts: c´est leur relation, qui a disparu. (André Malraux, em carta ao Dr. Paul E. Corcoran, 28 de Novembro de 1970.)


         - Robert chama-me juntos vamos ao Museu Louis Vitton ver uma escolha de obras do MoMA, Nova Iorque.