Sexta, 13.
Vivemos
num país surrealista. Os senhores do dinheiro, perdão os ladrões, arvoram-se no
direito de dar conferências de imprensa reclamando a substituição dos juízes
(José Sócrates) ou afirmando com advogado ao lado (o dono disto tudo), que
estão inocentes e vão bater-se em pé de igualdade com o Ministério Público. Em
que país civilizado, com leis e justiça equitativas, cenas destas são
possíveis?! Claro, percebe-se, que estão escudados pelas fortunas que no nosso
país separaram as águas em todos os domínios: os pobres para um lado, os ricos
para o outro. A República que nos pretende a todos iguais, é uma fantasia em
Portugal. Alguns deles morrerão antes de conhecerem a sentença, escapando ao
veredicto dos homens, mas não se ilibam da justiça divina.
- Uma nota que não me sai da cabeça.
No dia em que o ladrão socialista José anunciou ao país a vinda da troika,
antes de as câmaras de televisão serem ligadas, a horripilante criatura, unicamente
preocupada com o seu aspecto (de resto execrável), perguntou ao assistente de
imagem se devia trocar de gravata.
- Os furacões não nos largam. Têm
lançado o desespero e o caos por vários países da América Latina, Estados
Unidos, e agora também há um com o nome da namorada de Fernando Pessoa, Ophelia,
esperado este fim-de-semana nos Açores.
- O Governo festejou os seus méritos
dizendo que estamos ricos. A resposta está na rua: polícias, enfermeiros,
juízes, técnicos de análise, médicos, funcionários públicos e passo. Esta gente
e mais a que se segue quer parte dessa riqueza. Cheira-me que isto não vai
terminar bem.