segunda-feira, outubro 02, 2017

Segunda, 2.
Obrigado ARTE pelo excelente programa de ontem nos festejos da reabertura da Ópera de Berlim depois de anos fechada para obras. O acontecimento ocorreu na grande praça Opemplaz completamente cheia. O maestro Daniel Marenboim dirigiu o concerto, no caso a célebre Nova Sinfonia, dita O Hino à Alegria de Beethoven. Dadas as condições, foi uma execução sem concessões, e pareceu-me até diferente, muito pessoal, que me encantou pelas nuances entre os primeiros e os segundos violinos, as vozes e a orquestra, o Andante Majestoso, sublime, deixando-me paralisado, lavando-me o coração de todas as mágoas.

         - À excepção do PSD, todos os partidos cantam vitória. Mas nenhum parece ter vergonha da abstenção que ficou nos 45 por cento. Contentam-se, à boa maneira portuguesa, em que desta vez sempre foi menos 2% que no último acto eleitoral. Pobre democracia! Pobre gente, que até elege autarcas com um passado recente de golpes e roubos, um deles saído da cadeia onde esteve por pulhices e usurpações várias. Os portugueses têm o que merecem e merecem muito pouco. Todavia, são as leis incompreensíveis que levam o criminoso de novo ao local do crime.

         - Rajoy mandou para cima de 10 mil polícias vigiar os catalães no voto pela independência. O resultado foi mais de 800 feridos, desordem e sofrimento para milhares e milhares de velhos e novos sujeitos às cargas policiais fascistas. Mas o SIM venceu e Barcelona vai mesmo declarar a independência de toda a Catalunha. O que assisti na televisão e, sobretudo, nas redes sociais, foi uma vergonha que diz bem das origens fascistas de Madrid, esquecendo-se que até Franco teve dificuldade em dobrar aquele povo. E já agora, que terá a ver com todo este desassossego a nossa querida UE?


         - Em França. Marselha, duas jovens foram assassinadas à facada na estação ferroviária central. O criminoso acabou morto a tiro pela polícia. Mais tarde o Daesh reivindicou o crime.