Segunda, 2.
Obrigado
ARTE pelo excelente programa de ontem nos festejos da reabertura da Ópera de
Berlim depois de anos fechada para obras. O acontecimento ocorreu na grande
praça Opemplaz completamente cheia. O maestro Daniel Marenboim dirigiu o
concerto, no caso a célebre Nova Sinfonia,
dita O Hino à Alegria de Beethoven. Dadas as condições, foi uma execução sem
concessões, e pareceu-me até diferente, muito pessoal, que me encantou pelas
nuances entre os primeiros e os segundos violinos, as vozes e a orquestra, o
Andante Majestoso, sublime, deixando-me paralisado, lavando-me o coração de
todas as mágoas.
- À excepção do PSD, todos os partidos
cantam vitória. Mas nenhum parece ter vergonha da abstenção que ficou nos 45
por cento. Contentam-se, à boa maneira portuguesa, em que desta vez sempre foi
menos 2% que no último acto eleitoral. Pobre democracia! Pobre gente, que até
elege autarcas com um passado recente de golpes e roubos, um deles saído da
cadeia onde esteve por pulhices e usurpações várias. Os portugueses têm o que
merecem e merecem muito pouco. Todavia, são as leis incompreensíveis que levam
o criminoso de novo ao local do crime.
- Rajoy mandou para cima de 10 mil polícias
vigiar os catalães no voto pela independência. O resultado foi mais de 800
feridos, desordem e sofrimento para milhares e milhares de velhos e novos
sujeitos às cargas policiais fascistas. Mas o SIM venceu e Barcelona vai mesmo
declarar a independência de toda a Catalunha. O que assisti na televisão e,
sobretudo, nas redes sociais, foi uma vergonha que diz bem das origens
fascistas de Madrid, esquecendo-se que até Franco teve dificuldade em dobrar
aquele povo. E já agora, que terá a ver com todo este desassossego a nossa
querida UE?
- Em França. Marselha, duas jovens
foram assassinadas à facada na estação ferroviária central. O criminoso acabou morto
a tiro pela polícia. Mais tarde o Daesh reivindicou o crime.