Domingo,
23.
Em
Jerusalém e na Faixa de Gaza, está o mundo de novo em agitação. Um jovem
palestiniano matou o pai e dois filhos de uma família israelita à facada e foi
morto em consequência por um vizinho que assistiu ao crime. O pai do rapaz de
22 anos, disse que o filho não se conformou com a afronta do Governo de
Telavive quando interditou a entrada na Esplanada das Mesquitas a todas as pessoas
com menos de cinquenta anos.
- “Caiu-me o material no chão, diz o
rapaz em conversa com a rapariga, ambos sentados na mesa de café ao lado
daquela onde estou. - Qual material? – pergunta ela. – Não disfarces! –
responde ele.” Um romancista, por muito talentoso que fosse, não construía
melhor diálogo. A vida anula a ficção.
- Não obstante a reserva do Presidente
Andrzej Duda, o primeiro-ministro polaco fez aprovar uma lei que permite ao
Governo demitir todos os juízes do Supremo Tribunal. Imediata resposta de milhares
de contestatários nas ruas, pedindo ao Presidente que não valide mais uma
ameaça à liberdade. A União Europeia da qual faz parte a Polónia, limitou-se,
como é seu hábito, a fazer ameaças.
- A Europa, Portugal incluído,
atravessa uma seca dramática. Em Itália há já racionamento de água, assim como
em certas zonas de França. No entanto, os estádios de futebol, continuam a
laborar com milhares de hectolitros de água e outros milhares de quilowatts de
energia.
- Nos consultórios dos dentistas, a
palavra de ordem é: “arranca-se isso e faz-se um implante”. A excitação dos
médicos pelas dentaduras dos parafusos é tal, que já nem ligam às queixas do
doente e ao seu direito de querer conservar o que a natureza lhe deu. Mas
percebe-se porquê. Cada pivô custa 1.500 euros! Por isso é que os ingleses
extraem os seus próprios dentes ou os tratam com um liquido que custa 3 euros. Entre
nós, o negócio segue fértil. A Baixa lisboeta tem tantos consultórios de
estomatologistas como hostels. O SNS fecha os olhos. Os portugueses não têm
outro remédio que rirem de boca trancada e alimentar-se a papas.