sexta-feira, junho 23, 2017

Sexta, 23.
Bruxuleio. Volta que não volta, recebo desafios para editar Madame Juju. Leio o que me chega, fecho o computador e fico parado a pensar no meu destino e no dela. Devia crescer de orgulho ante as palavras que mal soletro, estarrecido. Depois “deslico” (utilizo aqui a sua linguagem) e não me decido. Se me fosse possível publicar sem ter que me expor, diria logo que sim. Mas tal como hoje anda a literatura, embrulhada num pacote de vaidades, que vou ter que  transportar por aqui e por acolá, oferecê-la com palavras sedutoras e sorrisos de feira, nada disto conferindo com a dignidade e natureza da arte tal como a sinto - sagrada.


         - Esta equipa risonha, que o almoço bem regado trouxe de volta ao atelier do Guilherme Parente, mais parece uma trupe de saltimbancos depois da feira de domingo. O único que não tem a face rosada, imaginem quem é...