Segunda,
19.
O
povo francês confirmou e até reforçou a sua descrença na UE e em Macron, o
banqueiro-presidente, socialista de direita, que não passa de uma vistosa
personagem a caminho da desgraça. Esse povo, deixou timbrado nas eleições o
desprezo pelos políticos (uma desgraça para a democracia), com quase 60 por
cento de abstenção. O que se segue é uma incógnita que nenhuma Merkel poderá
salvar.
- Aumentou o número de mortos no fogo
de Pedrógão Grande e redondezas. Todo o país sente como suas aquelas mortes
horríveis, aquela tragédia sem precedentes, aquele inferno que continua a cachoar
nas serras e lugares inóspitos, fechados em matagais, em interesses florestais,
em anarquia e desordem. Ouve-se hoje as mesmas razões que se escutaram o ano
passado, há dez, vinte anos. Nas traseiras do fogo, estão as fábricas de papel,
o incentivo ao eucalipto, a falta de vigilância dos antigos guardas florestais,
de um programa que reorganize a paisagem, o pastoreio e traga de volta a fauna
e a flora autóctone. Marcelo sempre presente, tão nos antípodas do anterior
sinistro inquilino de Belém, assim como António Costa e a ministra da Administração Interna,
todos à altura dos cargos que representam.
- O pobre multimilionário, acossado
pelo fisco espanhol, ameaça deixar Espanha e o clube que parece não ter feito o
necessário para gritar que ele é um homem sério, satisfeito com vários milhões,
três filhos encomendados, muitas namoradas escolhidas por catálogo, casas em todo
o lado, equidistante das suas origens humildes e de uma “famila” honrada. À
patética personagem só lhe falta aquilo que nenhuma soma por mais gigantesca pode
dar – cultura e carácter. A verdade é que em Espanha ninguém o aprecia
verdadeiramente, assim como em França. Em Portugal é o que se sabe.