segunda-feira, junho 19, 2017

Segunda, 19.
O povo francês confirmou e até reforçou a sua descrença na UE e em Macron, o banqueiro-presidente, socialista de direita, que não passa de uma vistosa personagem a caminho da desgraça. Esse povo, deixou timbrado nas eleições o desprezo pelos políticos (uma desgraça para a democracia), com quase 60 por cento de abstenção. O que se segue é uma incógnita que nenhuma Merkel poderá salvar.

         - Aumentou o número de mortos no fogo de Pedrógão Grande e redondezas. Todo o país sente como suas aquelas mortes horríveis, aquela tragédia sem precedentes, aquele inferno que continua a cachoar nas serras e lugares inóspitos, fechados em matagais, em interesses florestais, em anarquia e desordem. Ouve-se hoje as mesmas razões que se escutaram o ano passado, há dez, vinte anos. Nas traseiras do fogo, estão as fábricas de papel, o incentivo ao eucalipto, a falta de vigilância dos antigos guardas florestais, de um programa que reorganize a paisagem, o pastoreio e traga de volta a fauna e a flora autóctone. Marcelo sempre presente, tão nos antípodas do anterior sinistro inquilino de Belém, assim como António Costa e a ministra da Administração Interna, todos à altura dos cargos que representam.


         - O pobre multimilionário, acossado pelo fisco espanhol, ameaça deixar Espanha e o clube que parece não ter feito o necessário para gritar que ele é um homem sério, satisfeito com vários milhões, três filhos encomendados, muitas namoradas escolhidas por catálogo, casas em todo o lado, equidistante das suas origens humildes e de uma “famila” honrada. À patética personagem só lhe falta aquilo que nenhuma soma por mais gigantesca pode dar – cultura e carácter. A verdade é que em Espanha ninguém o aprecia verdadeiramente, assim como em França. Em Portugal é o que se sabe.