segunda-feira, junho 12, 2017

Segunda, 12.
Chou Chou reclama “vitória esmagadora” nas eleições legislativas. Faz, contudo, tábua rasa dos mais de 50 por cento de franceses que pura e simplesmente não quiseram integrar a marcha, pondo em causa a democracia. Mas isso, aos políticos saídos na Farinha Amparo, pouco ou nada lhes interessa. Le Pen caiu cá para baixo, devido ao último debate com o actual mestre de cerimónias do Eliseu. Foi um desastre que ela tem pago caro. Quanto ao PS, pobre e ridicularizado, bem pode pedir contas ao chefe Hollande e ao sub-chefe Walls. Vamos ver o que sai da segunda volta no próximo domingo, sendo certo que os povos sob o jugo ditatorial da UE, embarcam cada vez menos em fantasias.

         - Veja-se o caso do Reino-Unido. Eu começo a sentir simpatia pelos meus concidadãos. Vejo-os atarantados, receosos dos governantes, e sem objectivos nas escolhas, sendo tudo de uma mediocridade esmagadora. É a política espectáculo no seu melhor. Theresa May desceu tão baixo nas proposições futuras de governação, foi inumana no modo como queria sacar dinheiro aos ingleses, batendo, inclusive, aos caixões dos mortos, que os vivos arrumaram-na no armário para uns anos senão para sempre.

         - Todavia, em Inglaterra como na China, o cerco às liberdades faz-se já às claras. Cresce o número de dirigentes que, ao abrigo da defesa nacional e dos cidadãos, pretendem controlar cada e-mail, cada sms, cada conversa na Net. Travam uma batalha surda contra as multinacionais que detêm o poder das redes mundiais, até agora em vão. Por pouco tempo. Em breve a espada de Dâmocles cortará a eito. A censura em nome da segurança, será a bandeira desfraldada que imporá a lei do mais forte.

         - Há dias, chamei a atenção do João Corregedor, para a excelente critica ao romance de um pivot da televisão. E logo o meu amigo: “Isso são interesses e amizades.” Encolhi-me. Pouco afeito a elogios idiotas, prefiro que digam mal em sentido construtivo das minhas coisas, que bem em subserviência.


         - S. Paulo, o abnegado defensor da doutrina de Cristo Jesus, passou uma parte da vida a falar de circuncisão, incircuncisão  e prepúcio. Era quase uma obsessão. Talvez empurrado pela Lei judaica que impunha o obrigo e ele, querendo fazer entrar todos os povos na Nova Mensagem, achava que não era por essa obrigatoriedade que Deus excluía. Repare-se: “A carne deseja de forma contrária ao espírito; e o espírito, de forma contrária à carne: estas realidades opõem-se mutuamente para que não façais aquilo que quiserdes. (Carta aos Gálatas 5:17). Depois exemplifica: “As obras da carne são: fornicação, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, discórdia, rivalidade, paixões, egoísmos, facções, seitas, invejas, bebedeiras, festanças” para concluir: “Quem as praticar não herdará o reino dos céus” (5:18,20,21,). A Igreja Católica herdou este pendor obsessivo pelo sexo. Aliás, grande parte do clero, sobretudo os pregadores, descende em linha oblíqua do Apóstolo. Dizendo de outro modo, tomando os tempos modernos: estamos tramados.