domingo, junho 25, 2017

Domingo, 25.
Acabei o romance Encontro à Beira-Rio de Christopher Isherwood, que li sem entusiasmo. Trata-se de um livro mediano, tentando explicar com informação pouco assimilada a sua entrada no Budismo, muito em voga entre os americanos nos anos Sessenta e Oitenta. Nada a ver com os anteriores trabalhos do escritor e demasiado dependente das suas habituais histórias de gays só que sem profundidade bastante que as ultrapasse.

         - Sim, foi insuportável tudo o que se passou em Pedrógão Grande e zona adjacente. Mas mais inaceitável é o filão noticioso da tragédia que tem sido esticado ao máximo por todos os canais de televisão, fazendo do sofrimento alheio o espectáculo que entretém a perversidade do espectador. 

         - Mais sérios e tenebrosos, são os números. Área ardida: 53 hectares; mortos: 64; feridos: para cima de 200; casas destruídas pelo fogo: 90. De quem é a responsabilidade: de ninguém.

         - O PS está cheio de “meninos de ouro”. Depois de José Sócrates, surgiu Fernando Medina, sucessor de António Costa à Câmara de Lisboa. A ver vamos como o ilustre vai terminar, sendo certo que a obra realizada pelo autarca é aquilo a que se pode chamar uma nulidade ou uma ficção.


         - “As pessoas resmungonas não precisam de ser encorajadas. É só carregar no botão que a resmunguice começa a jorrar.” Esta constatação é de Miguel Esteves Cardoso com referência aos velhos. Eu diria de outro modo: os resmungões, no actual estado das coisas, são as sentinelas que os defende a eles e mais aos jovens alheados da realidade à manjedoura dos smartphones.