terça-feira, abril 11, 2017

Terça, 11.
O Papa Francisco tem marcada para daqui a duas semanas viagem ao Egipto. O Daesh festejou a chegada antecipada com vários atentados a igrejas coptas que mataram 44 pessoas e fizeram mais de uma centena de feridos. No domingo, quando os fiéis de Alexandria e Tanta a Norte do país celebravam o Domingo de Ramos, foram sacudidos pelas bombas criminosas. Mas o Vigário de Roma não se intimidou e já respondeu que irá levar a sua bênção aos irmãos cristãos.

         - Eu oiço com frequência dizer que os sanguinários jihadistas querem com os seus actos hediondos desfazer o modo de vida dos povos europeus: cafés, espectáculos, a liberdade de deslocalização, de opinião e assim. Será? A mim dá-me mais para pensar que em verdade eles estão obstinados em atacar a nossa religião, a democracia que nos permite manter perto de nós, em convívio fraterno, o Islamismo e todas as outras religiões, num modo de pensar e viver quotidiano onde todos se integram. Há naquela gente uma ideia obsessiva de baralhar o mundo, trazer a ele a guerra, a desunião, para assim poderem instalar-se pelo pavor, a morte e a ditadura. Nesse aspecto, olhando o que se passa à nossa volta, apalpamos já um começo de guerra de que os dirigentes políticos se acautelam comprando massivamente material bélico. São eles que estão a ganhar, considerando que a sua estratégia tem funcionado. E tem.

         - Por agora, embora o título ainda não me agrade, mudei o nome ao meu herói o juiz Bernardo que passou a chamar-se Apostolatos. Este nome vai de par com o final do romance que o leitor só conhecerá nas derradeiras páginas.


         - Estes últimos dias tenho-me levantado cedo, pela fresca, para avançar de roçadora nas mãos sobre a erva ruim que cresceu por todo o lado. Estou derreado. Ainda por cima, depois de duas horas o roçar mato, fui fazer uma de natação. Garanto que não sou masoquista.