Terça, 11.
O
Papa Francisco tem marcada para daqui a duas semanas viagem ao Egipto. O Daesh
festejou a chegada antecipada com vários atentados a igrejas coptas que mataram
44 pessoas e fizeram mais de uma centena de feridos. No domingo, quando os
fiéis de Alexandria e Tanta a Norte do país celebravam o Domingo de Ramos,
foram sacudidos pelas bombas criminosas. Mas o Vigário de Roma não se intimidou
e já respondeu que irá levar a sua bênção aos irmãos cristãos.
- Eu oiço com frequência dizer que os
sanguinários jihadistas querem com os seus actos hediondos desfazer o modo de
vida dos povos europeus: cafés, espectáculos, a liberdade de deslocalização, de
opinião e assim. Será? A mim dá-me mais para pensar que em verdade eles estão
obstinados em atacar a nossa religião, a democracia que nos permite manter
perto de nós, em convívio fraterno, o Islamismo e todas as outras religiões,
num modo de pensar e viver quotidiano onde todos se integram. Há naquela gente
uma ideia obsessiva de baralhar o mundo, trazer a ele a guerra, a desunião, para
assim poderem instalar-se pelo pavor, a morte e a ditadura. Nesse aspecto,
olhando o que se passa à nossa volta, apalpamos já um começo de guerra de que
os dirigentes políticos se acautelam comprando massivamente material bélico. São
eles que estão a ganhar, considerando que a sua estratégia tem funcionado. E
tem.
- Por agora, embora o título ainda não
me agrade, mudei o nome ao meu herói o juiz Bernardo que passou a chamar-se
Apostolatos. Este nome vai de par com o final do romance que o leitor só
conhecerá nas derradeiras páginas.
- Estes últimos dias tenho-me
levantado cedo, pela fresca, para avançar de roçadora nas mãos sobre a erva
ruim que cresceu por todo o lado. Estou derreado. Ainda por cima, depois de
duas horas o roçar mato, fui fazer uma de natação. Garanto que não sou
masoquista.