Sexta, 7.
Ainda a monstruosidade americana no
Japão. A maioria dos que morreram eram civis: crianças, jovens, velhos e novos.
Tudo se eclipsou-se num segundo em pó, silêncio e vazio. A desproporção foi
medonha, houve a supremacia de um lado sobre o outro – e isso é insuportável e
não pode ser esquecido pelas gerações futuras. Foi a partir desse momento que
todos os países se atiraram à descoberta de material bélico destruidor. Perceberam
que não é a democracia que equilibra o mundo, é a capacidade militar.
- A batalha pelo poder começou. Passos Coelho que diz ter os cofres
cheios, não devolveu ainda o que devia do IRS. O ano passado com eles vazios, restituiu
aquilo que os cidadãos pagaram a mais em Julho. A política em Portugal é feita
de mentira, de argumentação malsã, desprezo pelas pessoas – e pelos vistos não
mudaram os parâmetros. Nem podia. São sempre os mesmos a atacarem-se e a
defenderem-se mutuamente. O povo ignorante, assiste. Interessa-lhe mais as contratações
e começo do futebol. A vida - a autêntica - corre nos pés dos jogadores.
- Morreu Ana Hatherly. Quando me foi apresentada pela Isabel da Nóbrega,
percebi que se tratava de uma diplomática do trato. A sua poesia corresponde ao
ser luminoso que ela era.