sábado, agosto 22, 2015

Sábado, 22.

Não consigo deixar de pensar na morte do príncipe da cultura que foi Khaled al-Assad. Decapitado esta semana pelo grupo de homunculus da Daech que andaram depois com a cabeça do ilustre académico de 81 anos em festa pelo sítio arqueológico que decerto em breve desaparecerá também antes de a pendurarem num poste. Foi ele que mais apaixonadamente deu a conhecer ao mundo Palmira, que ali viveu meio século em estudo, que muito protegeu o sítio querido de toda a humanidade. Todos os povos que descendem de uma cultura muito rica como a sua, devem condenar o crime hediondo e combater com energia os continuados atentados a vidas inocentes. Se a ideia é a destruição de tudo o que está antes da Hégira, então metade do mundo que hoje veneramos desaparecerá às mãos destes desumanos. É a barbárie pela barbárie.