Sábado,
22.
Não
consigo deixar de pensar na morte do príncipe da cultura que foi Khaled
al-Assad. Decapitado esta semana pelo grupo de homunculus da Daech que andaram depois com a cabeça do ilustre
académico de 81 anos em festa pelo sítio arqueológico que decerto em breve
desaparecerá também antes de a pendurarem num poste. Foi ele que mais
apaixonadamente deu a conhecer ao mundo Palmira, que ali viveu meio século em
estudo, que muito protegeu o sítio querido de toda a humanidade. Todos os povos
que descendem de uma cultura muito rica como a sua, devem condenar o crime
hediondo e combater com energia os continuados atentados a vidas inocentes. Se
a ideia é a destruição de tudo o que está antes da Hégira, então metade do
mundo que hoje veneramos desaparecerá às mãos destes desumanos. É a barbárie
pela barbárie.