segunda-feira, agosto 10, 2015

Segunda, 10.
Manhã inteira com o carro. Primeiro, na oficina que o preparou para a inspecção, depois mais uma hora ao sol tórrido (quase 40 graus) para ser vistoriado. No final saíram-me do bolso 200 e poucos euros sem que eu nem o automóvel nos tivéssemos queixado do que quer que seja. Cenas da vida moderna que a sociedade do consumo ligado ao Estado nos empobrece alegremente.

         - Há um banqueiro que anda nas bocas do mundo. Chama-se António Simões e acaba de ser escolhido para presidente executivo do conselho de administração do HSBC – o maior banco europeu. Só não sei se é por ser um CEO homossexual ou um homossexual CEO, porque as referências à sua condição sexual misturam-se nos entusiasmos da imprensa e não sobressai a verdadeira razão que o levou a tão alto cargo. Agora o que eu sei é que o homem não manda dizer por ninguém o que traz travado no coração. Outro dia, ao jornal I, disse preto no branco: “O Salazar nunca deu um tostão ao futebol. Depois do 25 de Abril quanto dinheiro deram ao futebol?” Este é cá nos meus.

         - Desta vez foi o próprio presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose que veio à ribalta dizer de sua justiça. Com ele são já dois os médicos que se atiram ao camarada que ousou vencer a barreira dos instalados na comodidade farmacêutica para dizer de sua justiça, ou antes para desdizer o que o escreveu no Público o Dr. Manuel Pinto Coelho. Tal como Roberto Palma dos Reis, Alberto Mello e Silva não conseguiu refutar, passo a passo, o que disse a propósito da medicação para o colesterol o primeiro clínico. O doente e os leitores do jornal, ficariam mais esclarecidos se estes senhores através de uma lenta e esclarecida aporia chegassem a algum resultado que nos permitisse a nós optar pelo benefício das estatinas.


          - Com o calor e o cansaço que se me abateu devido ao romance, estou languidescido e só me sinto em forma dentro da piscina. É para lá que vou imediatamente, sob pena de morrer numa papa. A Annie com quem falei ontem ao telefone, perguntou-me o que ia fazer depois de terminado o livro, respondi-lhe que vou entrar em pousio até Dezembro. O mesmo que disse à Zitó que se surpreendeu com as brancas nestas merdelhices. Que mais? Não vindo nada a calhar, apareceu aí de surpresa o Pascal, filho da Françoise e do saudoso Jean-Paul.