segunda-feira, novembro 17, 2025

Segunda, 17.

O hediondo crime já era conhecido e julgo que até foi abordado num filme, hoje apartando da fantasia, voltou à ribalta da informação para deixar estupefactos milhões de pessoas em todo o mundo. Falo dos “safáris humanos” praticados durante a guerra (1992-1996) na Bósnia-Herzegovina. Decerto com o conhecimento do sinistro Radovan Karadžić condenado a 40 anos de prisão e do Exército, multimilionários foram convidados a fazer“tiro ao alvo humano” das colinas em redor de Sarajevo. O convite, como o de qualquer espectáculo, ia de 80 a 100 mil euros, podendo ser mais elevado se fosse uma criança o alvo e gratuito um infeliz dum velho. Para este crime sem perdão, precipitaram-se snipers americanos, russos, italianos, espanhóis, franceses e ingleses diz-se com o apoio da extrema-direita. Seja como for, honra seja feita ao escritor e jornalista Ezio Gavazzeni apoiado pelo ex-magistrado Guido Salvini e pela ex-prefeita de Sarajevo Benjamina Karic que denunciaram os asquerosos e inumanos actos. Msis uma vez, actos destes levam-me a não descrer da humanidade.         

         - A botija de gás que o ano passado custava 35 euros, hoje despendi 40 euros. 

         - O dinheiro que damos a quem nos aborda na rua de mão estendida, é o investimento mais lucrativo que nenhum banco oferece. 

         - As sombras se as olharmos com atenção e tempo, dizem-nos tudo o que IA nunca dirá - contam-nos o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro.  

          - Para registo. “Como falar da ressurreição num mundo onde os excluídos são carme para canhão.” Fr. Bento Domingues.  

         - A efabulação é em mim uma doença, um estado de ebulição, um murmúrio, um sentimento de desistência a tudo o que me rodeia

         - Por favor de Sousa não te ausentes do país que te viu nascer ainda que dele já pouco ou nada reste. Somos presentemente uma sonora gargalhada, uma palhaçada novo-riquismo que alastra por todo o lado e nos faz rir e nos entristece e nos humilha e nos paralisa a imaginação; onde tudo o que é reles ganha dimensão, onde o bafio impera e a caridade é proibida. Quem verdadeiramente somos está na fotografia do Ferrari apossado pela Polícia de Lisboa a princípio a um candongueiro de droga, e agora ao proprietário real que o quer de volta cumprindo a sentença do tribunal que o diz seu único proprietário. Um Ferrari para a Polícia, só no país saloio que somos.