Terça 21.
Os nossos políticos, como sempre, adoram os pequenos affaires da política e com eles se entretêm e fogem dos verdadeiros problemas e escassezes dos portugueses. Desta vez, foi um salmo vomitado por Ventura sobre o uso das burqas em Portugal. Logo toda a esquerda dita humanista e respeitadora da mulher se levantou. E todavia, o problema pode ter duas visões: do lado da mulher muçulmana que o marido domina e obriga a cobrir o corpo da cabeça aos pés; dos princípios europeus que impedem um tal atentado aos seus costumes e, nessas condições, acham que quem opta por entre nós viver, terá que se adaptar aos nossos usos e costumes. Ainda esta simples observação. Experimente qualquer das senhoritas do Bloco de Esquerda emigrar para o Bangladesch e por lá andar de cabeça descoberta, exibindo o cabelo corrido de uma ou o loiro da outra. Não é pecado perguntar, senhoras e senhores da dita esquerda portuguesa.
- Da balda governativa não somos só nós que nos queixamos – é toda a Europa pasmada com os governantes que lhe calharam no destino. O último exemplo, aconteceu há três dias com o roubo de umas quantas jóias da Coroa Francesa depositadas no Museu do Louvre. Em sete minutos, os ladrões entraram por uma janela com ajuda de uma escada extensível, partiram o vidro da sala onde estão expostos os tesouros nacionais, depois os das montras e abalaram sem que ninguém tivesse oferecido resistência. As peças, valiosíssimas, pertenceram à monarquia e império francês, tais como presentes de casamento de Napoleão, um colar de esmeraldas e brincos da imperatriz Maria Luísa e um conjunto de safiras e diamantes que couberam às rainhas Maria Amélia e Hortense, entre outras valiosas peças de joalharia. A Coroa da imperatriz Eugénia foi recuperada posteriormente.
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| Bela peça que os ladrões perderam durante a fuga. |
- Ontem fechei o Verão, o lounge, a piscina. Mesmo assim, as fartas braçadas só se extinguiram sábado.
- Sábado depois de chegar de Lisboa onde estive em vão e tendo a ela tornado ontem. Almocei com o Carlos e a regressada Maria Amélia que me cobriu literalmente de panegíricos: “Está na mesma”, “elegante”, “magro”, “maravilhoso”. Carlos desenrascou-me dos problemas com o Mac, foi comigo à óptica, divertimo-nos como dois amigos de longa data.
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