sábado, outubro 11, 2025

Sábado, 11.

Ontem fui encontrar-me com o Paulo Santos. Durante um certo tempo estive a ler no telemóvel, o seu próximo livro dedicado ao pintor Pedroza cuja obra, magnífica, é consagrada ao mar e à paisagem marítima. Faço votos para que a Câmara de Oeiras não saia das mãos de Isaltino Moraes, pois é ele que costeará a edição. Fiquei contente com o prémio que a Marinha Francesa atribuiu ao seu livro anterior, publicado o ano passado, sobre a obra de Claude-Joseph Vernet. Ainda bem que Paulo Santos mandou às urtigas a vida política para se consagrar a construir obra artística de grande qualidade. Deixa-te ficar do nosso lado, querido amigo. 

         . Vejo todo o mundo satisfeito pelo fim da guerra na Faixa de Gaza. Também gostava de acreditar no acordo alcançado por Donald Trump, mas tudo o que leio é demasiado propagandístico para me convencer. Comigo estará muita gente, inclusive o Comité Nobel que não lhe deu o tão cobiçado e manobrado Prémio Nobel da Paz que foi para uma grande senhora da Venezuela, Maria Corina Machado, que não abandonou o país e nele continuou a enfrentar Nicolas Maduro enquanto o candidato à Presidência senhor Edmundo Urrutia, se refugiou em Espanha. Trump é tão bélico por natureza e egocentrismo, que está nos antípodas do humanismo que conduz o mundo à união e à paz. Com ele, antes e depois da paz, estão os negócios. O seu amigo Netanyahu deve começar a temer pelo cargo e a prisão. 

         - O modus operandi de Macron em política, permiti-lhe tudo e o seu contrário. Depois de ter aceitado a resignação de Sébastian Lecornu, voltou a nomeá-lo primeiro-ministro. E quanto a mim muito bem. Outro dia, estive a ouvir do princípio ao fim a longa entrevista que ele deu ao canal francês 2, e fiquei babaca. O homem é inteligente, digno, sério, seguro, capaz de compreender num relâmpago a situação. O panorama que traçou da França de hoje, é correcto e traduz alguém com cabeça, frieza e capacidade de endireitar as coisas.  

         - Amanhã vou ao Passos Manuel votar em João Ferreira. Eu não voto em partidos, comentadores, militares – voto em pessoas. De todos os autarcas que ouvi, só ele me convenceu pela integridade, o conhecimento, as causas e os valores sociais e colectivos. O PCP onde ele está filiado, fez muito bem em não se juntar àquela turbamulta que mete de tudo: “revolucionários”, gentalha de esquerda olé olé, oportunistas e grupos insignificantes que pretendem lugares onde ganhem algum e ocupem o tempo.