sábado, outubro 04, 2025

Sábado, 4.

O HAMAS parece estar de acordo com a proposta de Trump, mas... Com efeito, aquilo é uma planta de terraplanagem de uma vasta área que o senhor todo poderoso quer alterar, mas sem palestinianos lá dentro. Gaza e toda a Faixa, completamente destruída, não me lembro de ter visto, preto no branco, quem a vai edificar e como. Todo o projecto de paz está construído pensando nos interesses de Israel, como se os que há perto de cem anos lá vivem não contassem para coisa nenhuma. Com estes princípios não há paz que dure e dentro de pouco tempo o horror vai recomeçar.  

         - Nem a propósito, a senhorita Mortágua e seus muchachos, foram presos quando a (chamam-lhe “flotilha”) em que seguia arpoada em guerreira, foi interceptada e todos presos: ela, a menina Sofia, o menino Diogo e o menino Miguel. Nenhuma parte da missão “revolucionária” e “humanitária” foi realizada e eles sabiam perfeitamente que seria impossível a sua execução, portanto foi uma missão inútil, que eles pretendem política, mas que nem as pastilhas elásticas, os cremes, os medicamentos, as latas de atum, etc. chegaram aos destinatários. António Barreto, generoso, diz no Público que “o principal objectivo desta “missão” está alcançado: alertar a opinião pública do mundo inteiro (imagine-se como o mundo soletra o nome portentoso Mariana Mortágua) para a situação de calamidade que se vive em Gaza”. Oh, senhor historiador, com franqueza! Então o mundo ficou mais alerta e vai chorar lágrimas de crocodilo e atirar canhões por ventura desde que a senhorita portuguesa e os companheiros se fizeram ao mar e chegaram de mãos e pés atados os produtos atirados à água? Misteriosamente, de quem não se ouve falar, é da menina Thunberg - cabeça de cartaz da trupe revolucionária. Aqui há coisa... 

         - Ontem fui encontrar-me com o Corregedor na Brasileira. Fui porque lhe levei uma caixa de dióspiros para ele e para a Marília e porque lhe queria agradecer o almoço de ontem, completamente inopinado, em Vila Franca de Xira. Era já tarde quando deixámos o museu da sua eterna nostalgia e não víamos nenhum restaurante. Eis senão quando, avistamos uma pizaria. Entrámos de pé atrás. Que revelação! Éramos os únicos clientes e fomos atendidos por um indiano (o restaurante era todo ele indiano), rapaz ainda jovem com dois filhos e a viver entre nós há meia dúzia de anos. Que amabilidade! Que encanto e bom repasto aquilo que ele escolheu por nós e foi além de barato uma delícia. A tal ponto que, intimamente, venho dizendo que não tardará me meta no comboio e lá vá em passeio. Eis um imigrante que eu não posso dispensar. 

         - A semana finda hoje. Pois bem. Só quando fomos ao museu do Reo-Realismo não mergulhei. De resto, os dias de enfiada, meia hora preenchi eu a nadar e uma hora ao sol. Segundo as previsões, ainda devo poder aproveitar a piscina por toda a semana que vem, apesar de a água já não ter a temperatura do Verão.