domingo, fevereiro 18, 2024

Domingo, 18.

Vou ser breve como breve é a vida. Pondo de lado a política caseira que é confrangedoramente insignificante, não suporto o sufoco do assassínio de Alexei Navalny às ordens da cópia para pior de Estaline. Por ele fui esta manhã assistir à missa na igreja dos Navegantes, em Setúbal. Que descanse em paz, longe do carrasco que lhe tirou a vida. E que a liberdade que o levou à morte, seja brevemente instaurada na Rússia morto o algoz. Que os regimes democráticos hoje atacados por esta escumalha de autocratas, resistam não só a eles como à corrupção que está sempre do lado do poder qualquer que ele seja. 

         - Ontem fui almoçar ao 1900 o meu restaurante de uma vida. Na sala duas alas de professoras com t-shirts pretas, reunidas em confraternização. O barulho era tanto que comi à pressa e desandei. Antes de deixar o estabelecimento, disse-lhes que as pessoas bem educadas não gritam, falam baixo e não incomodam quem está por perto com as suas estridentes vozes. Elas iam integrar mais tarde a manifestação contra as condições degradadas do ensino socialista. 

         - A esse propósito, ocorre-me perguntar: se o novo secretário-geral do PS, senhor Vasco Gonçalves, perdão, Pedro Nuno Santos recebe por estar deslocado da sua santa terrinha para cima de 200 mil euros de ajudas, por que razão os professores destacados para fora das suas permanências habituais, não têm direito ao mesmo subsídio de deslocação? 

         - Ontem, antes de deixar o C.I., fui viajar pela vasta livraria do andar de baixo. Inevitavelmente em mim, não resisti à tentação e trouxe comigo  o recentíssimo romance de Valter Hugo Mãe, Deus na Escuridão e Uma História Partilhada de Júlia Navarro.