sábado, abril 22, 2023

Sábado, 22.

E lembrar-me eu o que Costa disse de Passos Coelho! Afinal todos os estudos, cálculos e estatísticas afirmam que Portugal está na lista dos países que mais aumentaram os impostos. Somos ricos, podemos encher os cofres do Estado, que retém o dinheiro para fazer figura de bom aluno na UE e de passagem convidar as luminárias nacionais a integrar os altos cargos da organização. 

         - A procissão que por aí vai com o guru brasileiro na frente! Mas esta gente não se olha ao espelho, não vê o ridículo que fazem, em tudo parecido com o que se via no tempo do Estado Novo. Quem pretendem eles iludir naquele modo tão aperaltado, onde todos se misturam e são afinal uma e a mesma pessoa? 

         - Ontem de manhã estive de passagem na Brasileira com o João e o António. O tempo tinha mudado e até choveu ao fim da tarde. Contudo, os velhotes tinham frio, temiam pela pneumonia, criam debandar para o interior do café, mas os turistas eram enxames de abelhas zunindo por todo o lado. Que fizeram as criaturas sensíveis? Pediram uma manta e enroscaram-se nela, ante o olhar admirativo dos que trazem a riqueza ao desvario socialista, naturalmente a sufocarem de calor por comparação com os seus climas. Depois de eles entregarem os aconchegos, desci o Chiado com o Corregedor e fomos abancar na Nacional onde almoçámos e conversámos calmamente sem bico de política. Mas aquela de os velhotes se abrigarem do frio e do vento, conheci-a eu em Colmar, Alsácia, num dia de neve copiosa e frio em consequência. Na realidade, enquanto tomava um chocolate quente, pus a manta que estava em todas as cadeiras sobre os joelhos. 

         - A propósito do António Carmo. Disseram-me que anda por aí a circular a foto tirada aqui com ele e o Virgílio (quinta-feira, 9 de Fevereiro). Quem me informou, foi a Gi que, curiosa, queria saber quem “é a senhora do meio” (o António). Rimo-nos. Eu disse-lhe: “Aquela é o pintor António Carmo que não me consta tenha mudado de sexo, ainda que na sua juventude tivesse sido bailarino do Verde Gaio...” Nova gargalhada.