sexta-feira, junho 17, 2022

Sexta, 17.

O fiel de Costa, agora nas Finanças, saiu-se com esta: o problema do SNS e dos médicos que faltam por todo o lado, não é uma questão de dinheiro é uma questão de reestruturação. Será, sem dúvida. Todavia, do que eu ouço falar é de salários baixos, horas suplementares pagas ao preço das empregadas domésticas e assim. Houve dinheiro para aumentar os juízes em 700 euros/mês com o pretexto de acautelar a dignidade dos mesmos e evitar a corrupção. Puro engano. Depois desse escandaloso aumento, a Justiça não melhorou, alguns juízes continuaram a ordenar sentenças pagas por debaixo da mesa, corrupção de ordem vária, prisões e interdição de actividade. 

         - De resto, acho que é todo funcionalismo público que devia ser reestruturado. Pertencer ao Estado, é fazer parte de uma espécie de aristocracia de pobres indígenas, que cresceu à sombra da pandemia, fechou portas ao cidadão e abandonou-o aos decretos de lei que o afrontam com coimas, penhoras e prisão. Estes nobres ganham bem, têm um sistema de saúde próprio, não podem ser despedidos, trabalham pouco (35 horas por semana enquanto o privados laboram 40), respondem deselegantemente aos utentes, para quem o cidadão é sempre ladrão, por ludibriar o Estado, fugir aos impostos, etc.. A virtude está do lado deles, mangas de alpaca que estacionaram no Estado Novo e daí não descolaram. 

E percebe-se porquê – a sua força é a dos sindicatos. Este pobres seres, nem se dão conta que são manipulados - sem administração pública aqueles não existiriam e não expandiriam as suas ideologias bufadas pelos partidos. É todo um esquema onde todos ganham menos o cidadão. É da gestão dos sindicatos reclamar mais funcionários, apregoar a sua falta, exercer pressão sobre o governo para aumentar o seu número, impulsionar greves. Que nesta altura já vai em 741.288 trabalhadores, isto é, cerca de 15% da população empregada! As pensões de velhice são óptimas com o valor médio de 1341,94 euros mensais por comparação com a Segurança Social onde a pensão média é de 415,30 euros/mês. Olarilas! Sempre foi uma bênção do céu pertencer aos quadros do Estado, não só como deputado, ministro ou gestor público, como amanuense. 

         - Talvez generalize demais. O facto porém, é que em tantas vezes que me dirigi a uma repartição pública (só as frequento desde que pedi a reforma antecipada, antes tinha quem se ocupasse dos meus affaires), só duas vezes tropecei em funcionários competentes e amáveis. Duas únicas vezes! A derradeira, há três semanas, deparei com a secção fechada e uma funcionária à porta respondeu-me: “Agora só recebemos por marcação. Ou então venha às 5 da manhã tomar lugar na bicha como as pessoas fazem!!!”

         - A Rússia diz que umas centenas de mercenários portugueses combatem na Ucrânia e eliminou pelo menos 19 dos nossos concidadãos. Nada disto é para levar a sério, atendendo ao mentiroso e sinistro homem que iniciou em Fevereiro uma guerra idiota contra aquele país. 

         - Regressei há pouco do Chiado depois de ter passado no C.I. às moscas para comprar o jantar. Mal cheguei, atirei-me a fazer 150 metros de natação. A água está mais fria, mas é assim que eu gosto.