segunda-feira, junho 13, 2022

Segunda, 13.

Pelo lado dos grandes ditadores – Xi Xiping ping ping, Vladimyr Putin e Kim Jong-un – parece existir uma vontade férrea de iniciar a guerra contra os EUA e por contágio à Europa. Os três entendem-se muito bem, adormecidos à sombra das bandeiras que exibem a foice e o martelo, mas que hoje se traduzem em ideologias capitalistas mil vezes piores que a dos Estados Unidos. O boneco de borracha, acabou de elogiar Putin no dia da Federação Russa, o da china fá-lo à socapa e todos articulam entre si formas de o momento chegado disparem à queima roupa. O ping ping este fim-de-semana até ousou desafiar Biden a propósito de Hong Kong. Piano, pianíssimo a guerra vai-se arquitectando e quando uma manhã acordarmos, temo-la em pleno sobre as nossas cabeças.

         - Seriam seis da manhã, e já eu andava a regar. De seguida, fui cortar grossos troncos de um damasqueiro que estavam secos. Trabalho difícil, a exigir não só força como contenção de pernas e braços. Nada que um duche não curasse. Assim limpo, barbeado, deixando os trapos que tanto gosto e com eles vou a todo o lado, e sou olhado como pedinte, sentei-me à mesa de trabalho e avancei no romance (sempre os melhores e inolvidáveis momentos do dia, da vida). Depois do almoço, vou dar um salto a Lisboa. Dia cheio de Sol, do Sol de que fala Paul Valéry:

Soleil, soleil!... Faute éclatante!

Toi qui masques la mort, soleil...

Tu garde le coeur de connaître 

Que l´univers n´est qu´un défaut

Dans la pureté du non-être...

Toujours ce mensonge m´a plu

 Que tu répands sur l´absolu,

Ó roi des ombres fait de flamme!