sexta-feira, junho 10, 2022

Sexta, 10.

Há uma notícia aterradora: a condenação à morte de três homens por ajudarem a Ucrânia na guerra contra Putin. Dois britânicos e um marroquino foram acusados de terrorismo por combaterem ao lado do exército ucraniano, em Mariupol. Moscovo que pratica uma guerra terrorista em toda a acepção da palavra! Cada vez mais sinto que nos aproximamos da guerra global. 

         - Porque os efeitos colaterais sobre os povos no mundo, começam a apertar e a dor com a fome já presente em vários continentes, nomeadamente, o africano. Nós por cá – e quando falo nós, digo a Europa – começa a ficar impaciente e não aceita as restrições e sacrifícios por que temos de passar para não termos a Terceira Guerra Mundial que, essa, destruiria as nossas vidas irremediavelmente. É preciso consciencializarmos isso e começarmos a reduzir os excessos que as sociedades industriais e consumistas, nos oferecem com o seu habitual egoísmo e arrogância. 

         - Esta manhã pelas nove horas, fui ao supermercado. Assim que entrei, deparei-me com três mafiosos de t-shirt à cava, barbudos, corpos luzidios do bafo das noites de orgia, vozes potentes audíveis em toda a superfície comercial, dizendo com insistência um para o outro: “O meu namorado não há meio de chegar, começo a ficar preocupado.” Serena-o o companheiro: “Não te preocupes, ele ama-te.” Quando nos encontrámos no caixa, eles insistiram em pagar-me a conta, agradeci e recusei. Nesse entretanto, o que estava junto a mim começou uma conversa doidivanas com a empregada, que deu não sei quantas, etc.. Volto-me eu e digo para a rapariga: “Não ligue, porque lhe ouvi falar do namorado - acrescentando: Não é que isso me incomode.” Foi quando o girafa me respondeu: I ´m English.” No tapete rolante, duas caixas de cerveja e pouco mais. Gente moderna.     

         - Já aumentei os ciclos de natação. Ontem e hoje 200 metros sob céu de um azul acolhedor que vela por mim e por todos os terrestres. Duas horas estendido ao sol, apenas com o anel do século XVII que comprei há muitos anos quando fui ao Louvre no início de centenas de viagens a Paris, folheando livros ou lendo artigos de jornais atrasados.