quinta-feira, junho 09, 2022

Quinta, 9.

É completamente inverosímil ver a esquerda minoritária teimar nos valores que, ao contrário do que ela diz, não são apologias da dignidade humana antes da morte. Quer a eutanásia quer o suicídio assistido, mais não são que o bilhete para embarcar desta para melhor (como se costuma dizer). Há tanta coisa para melhorar na nossa sociedade, milhares de pobres que é urgente acudir, milhares que aguardam por uma cirurgia ou simples consulta, o custo de vida que cresce e assusta os portugueses, o SNS com os médicos esgotados, os serviços a derrapar, o sofrimento a aumentar, as empresas a cair, a comunidade dos pobres e velhos assustada, e vêm eles, como se vivessem numa outra qualquer galáxia, falar de um assunto que não tem nenhuma urgência, senão o apetite de cumprir programas partidários, impor-se aos que o povo deu a maioria dos votos, em vez de desenvolver serviços paliativos que permitem aos doentes morrer com dignidade e sem sofrimento quando Deus os chamar. Depois admiram-se que os projectos do Chega sejam os que apontam no caminho certo como o referendo que o partido defende. E muito bem. Ela, esta esquerda provinciana, quer impor na Assembleia da República as suas ideologias, os  seus programas esfarrapados, a sua arrogância que nas urnas foi castigada. Digo daqui, desta página que não se cala, que A VIDA É SAGRADA.   

         - Ao fim da tarde desce a cortina suave da sombra sobre a casa virada nascente. Foi minha preocupação adornar o espaço dos odores e das cores do Verão, dos roxos da alfazema, dos rosas das hortênsias, dos brancos das flores da laranjeira. É à roda da mesa larga, que descanso do dia de múltiplos e alguns difíceis afazeres. Às vezes faço o computo das horas aí, sob o guarda-sol, o olhar no computador outro no panorama florido onde mergulho em pensamentos. Serenidade, paz, prazer da vida traduzida nas coisas simples que os meus contemporâneos, preocupados em enriquecer, em “vencer na vida”, em agitarem o porta-moedas como feirantes entregues ao desafio pelintra que os reduz à banalidade da existência, não sabem que existe e é o triunfo do futuro.