sábado, setembro 07, 2019

Sábado, 7.
A mim dava-me para contrapor à máxima estoica, o seguinte princípio: goza a vida como se a morte não existisse. Mas quando ela vier, abraça-a como abraçaste a vida.

         - Por estes dias temperaturas a tocar os 39 graus. E eu a montar às alturas do contentamento, atirando-me em braçadas fortes por meia hora à água miraculosamente cristalina e saborosa como nunca me aconteceu em nenhum verão harmonioso como este.

         - E portanto. Incêndios vários engolem vastas zonas de floresta e mato no Norte. Tudo fogo posto no dizer dos bombeiros e presidentes de câmara. É a praga de todos os estios que nenhuma técnica ou ciência ou propaganda consegue parar.

         - As trapalhadas continuam para todos os gostos e ambições na Grã-Bretanha. Trabalhistas e Conservadores não se entendem e quer-me parecer que o país vai para novas eleições e é Boris Johnson quem sai vitorioso.


         - Há dias encontrei no metro a Maria de Lurdes. Disse-me que é uma leitora assídua deste diário e se diverte com as minhas “alfinetadas”. Outros leitores alertam-me que qualquer dia veem-me buscar para me porem na prisão. Mas então? Não vivemos num regime democrático com liberdade de expressão?