Sábado,
7.
A
mim dava-me para contrapor à máxima estoica, o seguinte princípio: goza a vida
como se a morte não existisse. Mas quando ela vier, abraça-a como abraçaste a
vida.
- Por estes dias temperaturas a tocar
os 39 graus. E eu a montar às alturas do contentamento, atirando-me em braçadas
fortes por meia hora à água miraculosamente cristalina e saborosa como nunca me
aconteceu em nenhum verão harmonioso como este.
- E portanto. Incêndios vários engolem
vastas zonas de floresta e mato no Norte. Tudo fogo posto no dizer dos
bombeiros e presidentes de câmara. É a praga de todos os estios que nenhuma
técnica ou ciência ou propaganda consegue parar.
- As trapalhadas continuam para todos
os gostos e ambições na Grã-Bretanha. Trabalhistas e Conservadores não se
entendem e quer-me parecer que o país vai para novas eleições e é Boris Johnson
quem sai vitorioso.
- Há dias encontrei no metro a Maria
de Lurdes. Disse-me que é uma leitora assídua deste diário e se diverte com as
minhas “alfinetadas”. Outros leitores alertam-me que qualquer dia veem-me
buscar para me porem na prisão. Mas então? Não vivemos num regime democrático
com liberdade de expressão?